No caso, ela ainda brincou dando uma espiadinha para verificar se havia quebrado. Assim é Fernanda Gentil. Carismática e divertida, ela se destaca pela linguagem específica que usa para cada jornal, e por não perder o foco da informação mesmo quando passa por uma saia justa. (assista no vídeo acima).
– Na verdade, eu não estava ouvindo o retorno, não sabia que ia entrar, estava no aplicativo do celular vendo a programação da Seleção. Quando ouvi a voz da Cris, pensei: "Ai, Jesus!". Então taquei, porque era grama, mas foi uma coisa calculada. No ao vivo mesmo, eu não seguro a preocupação e olho para ver se tinha quebrado (risos). Acontece, foi uma falha, não foi uma distração minha. Somos de carne e osso, não tenho diferença para quem está me assistindo, acertamos e erramos – disse.
Outro episódio recente, marcante, foi uma "pegadinha" de Fátima Bernardes durante uma entrada ao vivo para o programa "Encontro", no dia da partida do Brasil em Fortaleza, contra o México. Durante a conversa, a ex-apresentadora do "Jornal Nacional" resolveu testar os conhecimentos de Fernanda sobre dados históricos dos confrontos de Felipão à frente da Seleção.
– Imagina, a Fátima Bernardes pergunta para uma repórter que está começando, fiquei branca. Se eu colocasse o microfone no coração, dava para ouvir o "tututu". Fui sincera e disse: "Estou muito nervosa, mas não sei o que isso quer dizer". Não fazia a menor ideia. Felipão tem não sei quantos jogos, tantas vitórias em Fortaleza… Depois ela disse que não significava nada e riu. Mas só ela riu, né? Eu quase desmaiei. O bom do ao vivo é isso, essa adrenalina de estar antenada o tempo todo, com informação para dar a qualquer momento, pois podem te perguntar a qualquer hora.
A base da cobertura jornalística da Seleção é na Granja Comary, em Teresópolis. Antes de começar a Copa do Mundo, Fernanda e todos os profissionais que participam mais de perto estão morando temporariamente no alto da Serra. No entanto, pela distância de casa ser pequena, ela conta com a visita dos familiares e, principalmente, do seu marido Matheus Braga, da cadela Nala, e do afilhado Lucas, de cinco anos. Ela garante que matar a saudade é fundamental para o trabalho.
MUSA DA COPA?
O fã-clube, musa, todo esse carinho é uma recompensa que prova que estou fazendo um trabalho legal, sério, como eu prometi para mim mesma que ia fazer. Eu me preparei muito para esse momento, estou ralando bastante, é um mês e meio só dessa ralação, e não tem por que reclamar de trabalhar numa Copa do Mundo. Cobrir uma Copa do Mundo no Brasil, e estar sendo a sombra da Seleção com o Abel Neto, fazendo os flashes ao vivo da programação, é algo inesquecível que vou contar para os meus netos. Costumo brincar que "Musa da Copa" eu não coloco no currículo, mas o trabalho, com certeza, isso fica marcado.
ASSÉDIO PARA FOTOS
Não tem jogador, vou eu mesmo, né? (risos). Sempre falo: "Duvido que se tivesse um David Luiz ou Neymar iam querer tirar foto comigo…". Mas eles são muito simpáticos, carinhosos, elogiam meu trabalho, e isso é o que levo para casa.
VISITAS DA FAMÍLIA NA GRANJA COMARY
O ponto positivo de ser perto de casa é esse, o Matheus (marido) vem todo fim de semana, a Nala, minha cachorra, o Lucas (afilhado, de cinco anos), os meus pais, todo mundo. Parece que a gente está um pouquinho em casa, porque sempre tem alguém aqui. Isso ajuda e me dá um gás. Toda vez que eles vão embora, eu fico mais embalada.
Globo Esporte