O vereador Felipe Wellaton (PV) disse que o ex-servidor autor da representação para cassação de seu mandato serve de “laranja” para vereadores e outros agentes públicos ligados à gestão de Emanuel Pinheiro (PMDB).
“Já ouvi cinco, seis vereadores falando em dar início ao pedido de cassação de meu mandato, mas não protocolam nada. Agora, aparece um ex-servidor que já foi funcionário na Secretaria de Serviços Urbanos e que apoio [nas eleições de 2016] o meu atual suplente. Ele serve de laranja para algum grupo político que está incomodado com a maneira como a gente exercido o mandato”.
Wellaton afirma que seu pedido para afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro do cargo, em decorrência da denúncia de recebimento de mensalinho durante o mandato de deputado estadual, e a denúncia de que o prefeito tem executado orçamento por meio de aditivos contratuais, sem abertura de licitação, são os motes para os pedidos de cassação.
“Nós sabemos que o prefeito tem a maioria na Câmara, mas estou tranquilo, pois para aprovar a cassação, em caso da representar ir para plenário, são necessários 17 votos e estou confiante que temos os votos de apoio contra essa medida”.
Um novo pedido de cassação de mandato de Felipe Wellaton foi apresentado na sessão desta quinta-feira (19). O documento, depois de lido em pelo vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), foi repassado para análise do presidente da Câmara Justino Malheiros, que irá decidir se envia ou não o pedido para a Comissão de Ética. Ele tem prazo de cinco dias para definir.
O pedido foi apresentado pelo ex-servidor da Câmara, Valmir Molina. Ele diz que Wellaton quebrou decoro parlamentar expondo os vereadores ao apresentar na Justiça recurso para afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro do cargo.
O recurso, acatado em parte pelo Tribunal de Justiça no começo de setembro, se baseava na denúncia do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) de que Pinheiro teria recebido mensalinho, durante seu mandato de deputado estadual, para apoiar sua gestão.
Outras duas representações com pedido de afastamento de Felipe Wellaton foram protocoladas na Câmara de Cuiabá desde início da polêmica sobre Emanuel Pinheiro. Ambas foram rejeitadas pela presidência por terem sido anônimas.