Política

Feliciano fecha reunião de comissão, mas não evita protestos na Câmara

Em pouco mais de uma hora e meia de sessão, os deputados se reuniram dentro do plenário com representantes da área indígena Mundurucu, enquanto do lado de fora da sala era possível ouvir vaias, gritos e protestos contra e a favor Feliciano. Mais cedo, ele havia pedido reforço da Polícia Legislativa para manter fechada a audiência pública.
 
Durante a reunião da comissão, ele chegou a pedir à Polícia Legislativa que afastasse manifestantes que eventualmente atrapalhassem a fala de quem estava dentro da sala.
 
Apenas cinco titulares da comissão estavam presentes na reunião, entre eles os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Pastor Eurico (PSB-PE), aliados de Feliciano. O principal convidado da audiência, o cacique Valdenir Moris Boro Mundurucu, não pôde comparecer à sessão. Foi substituído pelo cacique Renã Mundurucu, de Brasília.
 
Na audiência foi debatido, entre breves desagravos endereçados ao pastor por seus principais aliados, o extermínio de índios da etnia em ação da Polícia Federal.
 
Mais cedo, deputados que integram o bloco de oposição ao deputado anunciaram que irão renunciar às suas vagas no colegiado. Afirmaram ainda que iriam retirar todos os seus projetos que estão pendentes de análise do colegiado, com medo de retaliação.
 
Questionado, Feliciano evitou se manifestar sobre a ausência dos colegas na comissão. "Hoje eu só me preocupo com os índios", disse. Sobre a retirada de projetos da comissão comentou: "E isso é democracia?".
 
DEBANDADA
 
Deputados que compõem o bloco de oposição a Feliciano na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara anunciaram nesta quarta-feira (17) que irão renunciar às suas vagas no colegiado.
 
Reunidos por mais de uma hora, os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), Domingos Dutra (PT-MA), Érika Kokay (PT-DF), Luiza Erundina (PSB-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ) decidiram em conjunto entregar as vagas que ocupam na comissão.
 
Os parlamentares do PT pedirão ainda que a liderança do partido na Casa oficialize a saída, o que fará com que nenhum outro deputado da sigla possa assumir alguma das sete vagas da legenda no colegiado. As duas vagas do PSOL serão devolvidas ao DEM, que as havia cedido no início do ano. A deputada Erundina já havia entregue voluntariamente sua vaga ao seu partido, que anunciou substituição. O grupo também disse que conversará com deputados do PV e do PSDB para tentar convencê-los a deixar a comissão.
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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