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Fed corta taxa de juros dos EUA em 25 pb para faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortou a taxa dos Fed Funds (como é conhecida a taxa de juros dos Estados Unidos) em 25 pontos-base (pb), para a faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano, em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 18.

Analistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) esperavam amplamente a redução de 25 pontos-base, mas alertaram que há incerteza sobre decisões futuras do BC norte-americano.

Demais cortes

O Federal Reserve também cortou nesta quarta-feira a taxa sobre o compulsório bancário em 25 pontos-base, de 4,65% para 4,4%, a mesma magnitude da redução anunciada para os retornos dos Fed Funds, que passaram para a faixa de 4,25% a 4,50%. A taxa de desconto passou de 4,75% para 4,50%.

Já a taxa de recompra reversa overnight foi reduzida em 30 pontos-base, de 4,55% para 4,25%.

Em nota, o BC norte-americano afirmou que o objetivo é apoiar “efetivamente a implementação da política monetária e o funcionamento dos mercados de financiamento de curto prazo”.

As decisões sobre as taxas de compulsório, de desconto e de recompra foram unânimes. A vigência começa em 19 de dezembro.

Distribuição das expectativas dos dirigentes

Dentre os 19 dirigentes do Federal Reserve presentes na reunião do Fomc desta quarta-feira, dez acreditam que os juros terminarão 2025 entre 3,75% e 4%, 50 pontos-base abaixo do patamar de 4,25% a 4,50% determinado na reunião deste dia 18 de dezembro.

Outros três dirigentes acreditam que a taxa terminará 2025 entre 3,5% e 3,75%, enquanto apenas dois banqueiros centrais defendem que os juros devem encerrar o próximo ano entre 3,5% e 3%.

A mediana das projeções para a taxa dos Fed Funds em 2025 subiu de 3,4% em setembro para 3,9% nesta quarta.

Projeções

O Federal Reserve revisou para cima as projeções de inflação pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) em 2024, 2025 e 2026, enquanto para 2027 e longo prazo, as projeções ficaram estáveis.

A estimativa para 2024 subiu de 2,3% em setembro para 2,4%. Para 2025, a mediana subiu de 2,1% para 2,5%. A mediana de 2026 subiu de 2,0% para 2,1%, enquanto a de 2027 e de longo prazo se mantiveram estáveis em 2,0%. Neste caso, a meta de inflação de 2% seria alcançada apenas em 2027, e não mais em 2026, como projetado anteriormente.

A mediana das projeções para o núcleo do PCE (que exclui itens voláteis, como alimentos e energia) também subiu em 2024, 2025 e 2026. Para este ano, a projeção passou de 2,6% em setembro para 2,8%. A mediana de previsão para 2025 saiu de 2,2% para 2,5%.

Para 2026, a projeção ficou subiu de 2,0% para 2,2%. Em 2027, se manteve em 2,0%. Não há projeções para o núcleo do PCE no longo prazo.

Estadão Conteudo

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