O pedido de fechamento da fronteira de Roraima com a Venezuela foi um do fatores que colocou Mato Grosso na rota dos imigrantes. Com o endurecimento do estado em receber os vizinhos, a tendência foi que o governo federal passasse a buscar outras regiões para abrigá-los dentro do Brasil. Um primerio acordo entre o a União e o governo de Roraria já tranferiu 66 venezuelanos para morar Cuiabá e outra parte para São Paulo.
Estima-se que existam 50 mil estrangeiros nas praças e outros pontos na capital Boa Vista. Essa quantidade de pessoas ultrapassa 10% da população de Roraima.
O pedido para evitar que mais imigrantes cheguem a Roraima veio da governadora Suely Campos, que protocolou no dia 13 um pedido de tutela provisória no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando o fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela. O local é o ponto de entrada dos imigrantes que estão fugindo do seu país para se salvar da fome e desemprego.
A justificativa da medida foi a crise econômica, política e social que acontece na Venezuela e que desencadeou um grande fluxo migratório. Segundo o Governo de Roraima (RR) a entrada em massa de venezuelanos acontece de forma desordenada desde 2015.
De acordo com o Suely Campos, essa medida foi necessária devido ao fato do Governo Federal não estar cumprindo com as suas obrigações constitucionais de controle da fronteira. Além disso, a imigração tem sobrecarregado todo território de Roraima.
Recursos emergenciais para saúde e educação
No documento, o Estado diz que se não houver controle imediato a fronteira deve ser fechada provisoriamente até que medidas concretas sejam adotadas. Houve pedido de recursos adicionais para saúde e educação.
Outra situação alegada pelo Governo de Roraima, foram as tentativas de diálogo sem sucesso para tratar sobre o tema com as autoridades federais. Desde 2017 houve interesse em falar sobre a situação, não houve abertura para tratar da situação. Além disso, a União alterou a Medida Provisória 820/2018, que trata do acolhimento de estrangeiro.
O poder Executivo de RR justifica que ingressou com ação no STF solicitando fechamento da fronteira porque todos os custos têm sido arcados pelo Estado e que não recebeu apoio financeiro do Governo Federal.
Vida nova na casa do imigrante
Na casa do imigrante os venezuelanos se sentem acolidos. Eles recebem alimentação, que vem de doação e estão passando por uma triagem sociológica e econômica para receber auxílios sociais do governo brasileiro, como o bolsa família.
A grande maioria busca emprego durante o dia e outros ficam nos corredores e quintal da pastoral. O Circuito Mato Grosso está acompanhando parte da trajetória desses novos imigrantes. É nítida o quanto cada um deles estão satisfeitos por ter saído de um local que não havia emprego e nem alimento. O relato de todos é sempre o mesmo, fazer uma nova vida em Cuiabá.