A Justiça condenou o fazendeiro Jakson Furlan a 16 anos de prisão em regime fechado pela morte da engenheira agrônoma Júlia Barbosa de Souza. O crime aconteceu em novembro de 2019, durante uma briga de trânsito, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá.
Furlan foi condenado por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, previsto no artigo 121 do Código Penal. Ele vai cumprir a pena em regime fechado. A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano decidiu que ele não poderá recorrer em liberdade.
A defesa do réu informou que vai recorrer da sentença.
O Tribunal do Júri absolveu o réu da acusação da tentativa de homicídio contra o namorado da vítima, Vitor Giglio Brantis Fioravanti.
O crime
Júlia Barbosa morava em Cornélio Procópio (PR), mas estava em Sorriso a passeio. Na madrugada do dia 9 de novembro, a jovem estava na casa de amigos, se preparando para voltar ao estado onde vivia, e foram até uma loja de conveniência comprar um chocolate.
Segundo o Ministério Público, o casal estava em uma caminhonete e, durante o trajeto, teria ultrapassado o veículo onde Furlan estava. Ele ficou irritado, buzinou diversas vezes e queria que o casal parasse o carro.
O acusado, ainda conforme a denúncia da Promotoria, atirou porque ficou incomodado pelo fato da caminhonete onde as vítimas estavam ter reduzido a velocidade, dificultando sua passagem. Porém, essa diminuição ocorreu porque um terceiro veículo estava interrompendo o fluxo da via.
Furlan perseguiu o casal, sacou a arma e disparou, atingindo a cabeça de Júlia. O namorado chegou a socorrê-la e levá-la a um hospital, onde ela morreu.
O fazendeiro fugiu e se apresentou à polícia junto com dois advogados no dia 10 de novembro.
Defesa
O advogado de Furlan, William dos Santos Puhi, informou que vai recorrer da sentença por entender que foi uma pena alta. Durante o julgamento, a defesa pediu que o caso fosse julgado como homicídio simples, mas a solicitação foi negada.