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A digitalização das propriedades rurais torna os processos de tomada de decisão muito mais rápidos e eficientes, do plantio à comercialização, gerando ao menos 10% de ganhos de produtividade, segundo dados da Bain & Company, ao mesmo tempo em que reduz custos no uso de insumos na comparação com os registros anteriores à implantação dos sistemas digitais.
É com base neste diagnóstico que a AgrusData (www.agrusdata.com), agtech especializada na implantação de sistemas inteligentes de Internet das Coisas (Iot) para o agronegócio, vem trabalhando com o conceito de que fazendas digitais custam menos e valem mais.
Herlon Oliveira, CEO da AgrusData, explica que o processo de digitalização de uma fazenda envolve a instalação de sensores para coleta de dados no solo, maquinários e silos, por exemplo. Estas informações são transferidas instantaneamente para um banco de dados em nuvem, onde serão processadas e transformadas por um software em recomendações específicas e precisas, que serão encaminhadas em tempo real para o agricultor ou gestor da fazenda.
“Uma única tela apresentará de modo claro e objetivo as informações mais relevantes e exatas sobre clima, solo, plantas, capacidade de armazenagem para a melhor tomada de decisão”, destaca Herlon, que acrescenta: “o agricultor saberá assim o quanto de insumo tem que aplicar, em qual talhão e horário; ou ainda se é o momento de acelerar ou parar a colheita; ligar ou interromper um sistema de irrigação; bem como se o silo está cheio e é preciso reorganizar o fluxo de caminhões para retirada da safra”.
Retorno sobre investimento
Segundo Herlon, a transformação de uma fazenda offline em uma operação moderna e digital é um avanço viável para propriedades dos mais variados portes e segmentos.
Para uma fazenda considerada de grande porte – superior a 10 mil hectares – o retorno de investimento ocorre em até 12 meses. Por sua vez, para propriedades de médio e pequeno porte, o ROI acontece entre 18 a 24, e 36 meses, respectivamente. “No caso dos pequenos produtores, eles podem contratar em grupo a infraestrutura de digitalização. Isso é perfeitamente factível”, ressalta Herlon que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc).
Conectividade
No tocante ao gargalo de telecomunicações no campo, Herlon revela que tecnologias de Wi-Fi de longo alcance, chamadas de LPWAN, já estão disponíveis aos agricultores brasileiros, resolvendo, e bem, o problema de conectividade.
Além dos benefícios de redução de custos e ganhos de produtividade, devido ao aumento de eficiência operacional, Herlon acentua, ainda, que a fazenda digital passa a valer mais justamente por proporcionar controle e organização total das etapas de produção e do ambiente de uma maneira geral. “A digitalização da propriedade contribui para adequação fundiária e ambiental do imóvel, bem como facilita a gestão da atividade, o que na prática se configura na valorização do negócio. É uma espécie de certificação.” Cálculos da AgrusData indicam que com a digitalização, o ganho de patrimônio pode chegar a 3% após 36 meses.
Perfil institucional
Criada em 2016, a AgrusData é uma agtech especializada na implantação de infraestrutura e sistemas inteligentes de Internet das Coisas (Iot) para o agronegócio. As soluções digitais da empresa promovem ganhos de eficiência por meio da redução de custos e aumento de produtividade, bem como contribuem para valorização do patrimônio da propriedade e dos negócios da fazenda. Entre seus clientes estão, por exemplo, o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
Referência com mais de 20 anos de trajetória no mercado de Tecnologia da Informação (TI), Herlon Oliveira participou dos principais projetos de Telecom e IoT do País. É vice-presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc). Pós-graduado em Direito das Telecomunicações Aplicado e Online pela FGV, Herlon é integrante do Comitê Gestor da Internet. Sua família é produtora de café no Norte do Paraná.
Fonte: Assessoria