Faxina emocional

Caro leitor e leitora, você já ouviu falar em higiene emocional? Pois é, a maioria de nós cuida da higiene física, como escovar os dentes, tomar banho, mas não faz a faxina emocional? O que seria isso? Esse termo higiene emocional foi criado pelo Dalai Lama em 2016, em uma conferência realizada na índia. Fazer a faxina emocional seria olhar para o que estamos sentindo, tentar dar o nome correto, a intensidade correta e se responsabilizar pelo cuidado com cada uma delas, como já disse Aristóteles, “Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa, não é fácil.” Principalmente em tempos como esse, quando as emoções estão a flor da pele, nossa primeira reação é culpar quem está mais próximo, e que na maioria das vezes não tem nada a ver com a história. Machucamos quem é importante pra nós, daí vira uma círculo de dor, machuco e sou machucada. Uma das técnicas mais utilizadas é, imediatamente quando acordar, se pergunte, como estou? Ao longo do dia perceba também nas suas relações, por exemplo, vou caminhar e daí começo mentalmente a implicar/criticar as pessoas na rua, máscara no queixo que ordinária, andando na direção errada, que sem noção, logo que me percebo levo na brincadeira e começo a rir de mim mesma e paro de culpar os outros e busco olhar para a raiva que está em mim. Quando a dor é mais funda ou o problema é maior, o exercício demora mais para ser feito, é preciso se lembrar que o que sentimos é nosso, já está dentro de nós, o outro só revela o que já estamos carregando. Faça pequenas pausas para se perceber, se gerenciar, utilize pequenas estratégias para se sentir bem, assim evitamos a explosão, que machuca o outro e nos machuca também. Por isso a faxina emocional é tão importante, evitamos os extremos e vamos nos fortalecemos. Quando o desequilíbrio é mais forte, demora mais para nos recuperarmos e o contrário também, quando identifico logo no início e já busco fazer algo para me sentir melhor, eu interrompo o círculo de dor. Como já disse Viktor Frankl “Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se." Esse tem sido um dos maiores convites, transformar-nos. Fique bem. Se cuide e se faça feliz.