O senador Carlos Fávaro (PSD) tomou posse oficialmente para o cargo que estava ocupando de forma interina, na tarde desta terça-feira (15), em Brasília. Em seu discurso, ele lembrou que esta é sua segunda posse no mesmo ano, e afirmou que sofreu um tipo de penalidade que sofre quem comete crime eleitoral, que é a de ter seus votos anulados, mas que o povo lhe deu a legitimidade para ficar no Senado.
“Feliz pela segunda posse no mesmo ano no mesmo mandato. Disputei duas eleições, sofri a mesma penalidade que quem cometeu um crime eleitora sofreu, de ter seus votos anulados, só que diferente, eu tinha meus votos válidos, minhas contas aprovadas, e no dia 15 de novembro deste ano esses votos foram anulados. Mas o povo de Mato Grosso me deu essa chance”, afirmou na tribuna.
“Foi uma vitória da boa politica. Não foi a eleição do WhatsApp, do vídeo, do desconhecido, foi a eleição de quem tem tino, quem tem companheiros”, continuou o senador. Fávaro ainda agradeceu ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, e aos colegas de plenário.
“Talvez os números da eleição não reflitam a eleição difícil que tivemos no estado de Mato Grosso, mas tenham certeza, trabalhei muito, sem descanso. Levei ao povo de Mato Grosso uma mensagem dos sete meses que trabalhei nessa casa, uma mensagem de comprometimento desta casa neste momento de pandemia”, completou. “[Aqui] deixamos de lado muitas vezes as ideologias partidárias para que pudéssemos buscar o consenso, votar as matérias relevantes para o Brasil”.
Fávaro disse que, durante a campanha, sentiu “muita aflição nos olhos da população”, mas também percebeu “muita esperança de dias melhores, e essa esperança está em nossas mãos”. “Não vou me delongar, temos que trabalhar. Falar pouco, só o necessário, e trabalhar muito. Mato Grosso e os mato-grossenses têm pressa, os brasileiros têm pressa”, finalizou.
Após a fala de Fávaro, o senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, o parabenizou em nome da liderança do PSD. “Pra nos é uma honra tê-lo definitivamente nos quadros do Senado da República, mesmo que numa situação inusitada, tomando posse numa vaga que já era sua, mas a lei manda isso e vossa excelência não teve outra alternativa a não ser se submeter a ela e mais uma vez provar para a justiça eleitoral e para a população que vossa excelência era o senador que Mato Grosso queria aqui”.
Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, fez questão de subir à tribuna para parabenizar o colega. Ele, assim como o outro senador de MT, Jayme Campos (DEM), apoiaram a campanha de Nilson Leitão (PSDB), que saiu derrotado. Jayme estava ausente na posse de Fávaro nesta tarde.
“Nada mais importante do que uma eleição democrática, e esse foi o resultado da eleição de MT. Uma eleição extemporânea mas junto com as municipais, portando muito mais complexa, e creio que mais difícil a ser disputada pelos candidatos a senador. Quero aqui parabenizar sua retumbante vitória, incontestável”, disse Wellington. “Vossa excelência teve uma votação expressiva com muitos outros candidatos concorrendo. Vossa excelência tem a experiência de ter sido vice-governador, de dirigir um partido importante, e tenho certeza que também com sua experiência de vida vai ajudar a trabalhar pelo Brasil e por Mato Grosso”, completou.
Fávaro assumiu interinamente a vaga deixada pela senadora cassada Selma Arruda (Podemos) em abril, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). No cargo desde então, venceu a eleição suplementar contra 10 oponentes, conquistando 371.857 votos, 25,97% dos válidos.
