Política

Fávaro diz que cassação de Selma Arruda ‘corrigiu em parte’ efeitos das eleições 2018

O presidente do PSD em Mato Grosso, Carlos Fávaro, disse que a cassação do mandato da senadora Selma Arruda (PSL) “prova” que a disputa nas eleições 2018 ao Senado foi “desproporcional” dentre os candidatos, mas teria deixado pendências de irregulares apontadas no processo.

“Eu estou muito feliz com o resultado da cassação. Corrigiu, em parte, os efeitos das eleições 2018. Quando ela [Selma Arruda] gasta de forma excessiva, extemporânea, pratica caixa 2 e ganha as eleições, isso não será mais reparado”.

Fávaro deu entrevista coletiva nesta quinta-feira (11) para se posicionar sobre a decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) de cassar o mandato de Selma Arruda. Ele pontuou que a “concorrência desleal” nas eleições por causa de abuso de poder econômico gerou tanto danos para os outros candidatos ao Senado quanto para os cofres públicos, que transfere bilhões de reais para custear campanhas.

“Eu e outros nove candidatos [ao Senado] também gastamos dinheiro, de forma honesta, dinheiro público inclusive, mas não serviu para eleger porque tinha concorrente de forma desleal. Quem vai indenizar, quem vai pagar uma nova eleição, quem vai financiar essas novas eleições, dinheiro público que vai ser gasto?”.

Conforme Fávaro, o custo de uma eventual nova eleição seria de R$ 3 milhões por candidato, teto estabelecido pela Justiça Eleitoral para a campanha de 2018, além de outros custos que somariam, diz ele, cerca de R$ 50 milhões.  

Selma Arruda foi cassada, nesta quarta-feira (10), por prática de caixa 2 com fraude de R$ 1,2 milhão que não teriam sido declarados à Justiça Eleitoral na prestação de contas – parte do montante foi gasto antes do início do período de campanha, com data em 15 de agosto de 2018.

Fávaro disse ainda que respeita da decisão da maioria do pleno que rejeitou seu pedido de exercer o cargo temporariamente até que uma nova eleição seja realizada. A demanda fazia parte do pedido de investigação de caixa 2 e abuso de autoridade e teve voto favorável apenas do relator, desembargador Pedro Sakamoto.

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Redação

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