O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, nesta quarta-feira (23), do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Durante o evento, que ocorreu nos dias 23 e 24 de outubro, Fávaro abordou o papel do Brasil no mercado agropecuário global e ressaltou a importância crescente das mulheres no setor.
Durante o discurso, Fávaro destacou que, ao longo dos últimos 50 anos, o Brasil consolidou sua vocação como produtor de alimentos de qualidade, com práticas agrícolas modernas e sustentáveis, o que tornou o agronegócio a mola propulsora da economia nacional. Ele enfatizou que esse avanço teve início com a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que hoje é presidida por Silvia Massruha, a primeira mulher a ocupar o cargo.
“A agropecuária brasileira vem se fortalecendo cada vez mais por meio da adoção de boas práticas, e a presença feminina tem sido fundamental nesse processo. As mulheres estão transformando o campo e, no setor público, não é diferente. Pela primeira vez, a Embrapa é liderada por uma mulher, e, em sua diretoria, composta por cinco membros, três são mulheres. Essa representatividade impulsiona o papel feminino na agropecuária e garante a continuidade de uma produção agrícola cada vez mais sustentável”, afirmou Fávaro.
O ministro também mencionou o recente descerramento da pedra fundamental da nova Unidade Mista de Pesquisa e Inovação da Embrapa, que será instalada em Nossa Senhora do Livramento (MT), na Baixada Cuiabana. A unidade terá foco na agricultura familiar e em cadeias produtivas como fruticultura, olericultura, mandiocultura, piscicultura, além de sistemas agroflorestais (SAF) e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
“Conto essa história para deixar uma mensagem especial: se você quer sucesso em empreendimentos como uma propriedade agrícola, uma distribuidora de frutas ou uma empresa de fruticultura, a presença feminina é essencial. O ponto de vista das mulheres faz toda a diferença”, acrescentou o ministro.
Fávaro também abordou temas como clima e sanidade, destacando que o clima é um dos grandes ativos do Brasil para impulsionar sua produção. Ele reafirmou o compromisso dos produtores brasileiros com a sustentabilidade ambiental. “O Brasil continuará a intensificar sua produção, mas sempre com responsabilidade ambiental. É essa postura que nos permite acessar mercados mais exigentes e garantir a continuidade da nossa produção”, destacou.
Além disso, o ministro ressaltou a importância do sistema de defesa agropecuária do Brasil. “Nosso sistema é altamente eficiente, garantindo qualidade e competitividade. Um exemplo é a gripe aviária, que circula no mundo há 15 anos, mas o Brasil continua sendo um dos dois únicos países livres da doença em plantéis comerciais. Isso é fruto da competência dos nossos produtores e da atuação do sistema público. O resultado? Quase 40% do frango consumido no mundo é produzido aqui, gerando empregos e oportunidades”, explicou.
O ministro destacou o momento q favorável para as relações diplomáticas do Brasil no setor agropecuário. “Lançamos o Programa Nacional de Recuperação de Pastagens Degradadas, que abrange 40 milhões de hectares aptos para recuperação. Isso nos permitirá dobrar a produção sem derrubar uma única árvore”, afirmou.
Por fim, o ministro celebrou as oportunidades que essas iniciativas criam para o agronegócio brasileiro. “Nos últimos 20 meses, abrimos 265 novos mercados para os produtos agropecuários, abrangendo 61 países, com recordes inéditos, como a exportação de carne para o México e de algodão para o Egito. E em breve teremos novos anúncios”, concluiu Fávaro.