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Famoso estelionatário em todo o país, Marcelo VIP tem prisão revogada

O promotor de eventos Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido como “Marcelo VIP’, teve pedido de revogação da prisão preventiva acatado pelo juiz Geraldo Fidelis Neto, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá. A decisão é de quarta-feira (30 de maio). Marcelo foi preso no dia 25 de abril, alvo da operação Regressus, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

O pedido de revogação foi feito pelo advogado Neyman Monteiro, que justificou que não havia indícios suficientes na investigação para manter Marcelo na prisão, uma vez que a documentação apresentada, que teria sido fraudada, não poderia ser usada como prova em razão da prescrição administrativa. A observação foi acolhida pelo juiz, que determinou a expedição do alvará de soltura.

Marcelo foi preso no dia 25, alvo da Operação Regressus, que também prendeu um traficante do Rio de Janeiro (que residia em Cuiabá), identificado como Dinho Porquinho (amigo de Rogério 157 e Nem), e o ex-assessor jurídico Pitágoras Pinto de Arruda, que atuava na Vara de Execuções Penais.

Segundo as investigações, Marcelo e o traficante teriam fraudado informações para conseguirem remição de pena, com a ajuda de Pitágoras. Entre as documentações apresentadas, consideradas falsas, ambos teriam apresentado declaração de vínculos com empresas apontadas como “de fachadas”.

Conforme a GCCO, o endereço da empresa onde ambos trabalhavam seria o mesmo de uma das empresas de Marcelo, que atua como promotor de eventos. Além disso, Marcelo também teria apresentado certificado de estudos que também seriam falsos. Segundo a legislação, um condenado tem direito a remição de um dia de pena a cada 12 horas de estudo.

Operação Regressus – A operação foi destaque nacional e teve 19 mandados de busca e apreensão cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Rio de Janeiro, além das três prisões.

O traficante envolvido no esquema foi identificado como Márcio Batista da Silva, o “Dinho Porquinho”. Amigo dos traficantes Rogério 157 e Nem, ele atuava no Rio de Janeiro e chegou a ser condenado a mais de 56 anos pelos crimes de tráfico, associação criminosa, lavagem de dinheiro e homicídios qualificados. Atualmente reside em Cuiabá, em um condomínio no bairro Jardim Aclimação.

O ex-assessor jurídico Pitágoras Pinto de Arruda, acusado de auxiliar no esquema, também foi levado de forma preventiva e é investigado na operação. Ele já havia sido demitido do Gabinete após o juiz titular desconfiar do caso – fato que desencadeou a investigação.

Maior estelionatário do país – Cara de pau, Marcelo se tornou conhecido como VIP ao ser inspiração para o filme VIPs – Histórias reais de um mentiroso. Ele é considerado o maior golpista do Brasil e chegou a ser condenado a 34 anos de prisão. Em Mato Grosso, o promotor de eventos foi o primeiro preso a usar tornozeleira eletrônica.

Entre seus crimes, ele assumia identidade falsa até mesmo de pessoas ricas, chegando a se passar por filho do proprietário da companhia Gol Linhas Aéreas. Ele ficou famoso após conceder uma entrevista ao jornalista Amaury Júnior. Sua história virou documentário e inspirou filmes. Hoje, além de ser coach e palestrante, ele atua como promotor de eventos na Capital.

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Redação

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