As famílias, em sua maioria, estão desempregadas e são de comunidades de favelas da região. Elas não têm condições de pagar pelo aluguel dos imóveis que haviam ocupado.
A situação é tranquila em frente à prefeitura. A Guarda Municipal está presente, mas não há tensão com o grupo acampado.
No prédio desocupado, o policiamento foi reforçado e os materiais de construção levados por moradores serão retirados por caminhões. O comércio na região funciona normalmente.
TERRENO
A desapropriação do terreno da empresa de telefonia Oi, na zona norte carioca, está fora dos planos do poder público municipal. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), descartou a possibilidade de uma intervenção desse gênero para a construção de moradia popular no local. “Neste momento, está descartado, sim”, disse Paes à imprensa durante a inauguração de obras no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio, na manhã de hoje.
Com aproximadamente 50 mil metros quadrados e localizado no bairro do Engenho Novo, o terreno da Oi virou alvo de uma invasão nas últimas duas semanas, tempo suficiente para o local ganhar o aspecto de uma nova favela.
O prefeito informou que chegou a haver uma negociação com a Oi para a compra do terreno, mas não houve consenso em relação ao preço que deveria ser pago pelo município. Na manhã de ontem, a Polícia Militar removeu a ocupação improvisada no terreno, durante uma operação que deixou 20 feridos, entre eles, três crianças. Já havia em torno de 5.000 pessoas na área da empresa de telefonia, segundo estimativa da PM.
Em nota, a Oi informou que, “reassumindo o controle de sua propriedade, esta permanecerá devidamente fechada com grades e manutenção de segurança patrimonial permanente, até a conclusão das negociações para a venda do imóvel”.
Correio 24 Horas