Revoltados com a falta de comunicação sobre a greve dos agentes penitenciários deflagrada neste sábado (21), familiares de detentos resolveram fechar a rodovia estadual MT-130 que liga os municípios de Rondonópolis e Paranatinga (390 km ao Sul de Cuiabá). Eles bloquearam o trecho e ameaçaram atear fogo em pneus velhos e galhos de árvore.
Segundo a mãe de um dos presidiários, identificada apenas como “Silvana”, o Estado não fornece água a população carcerária do Presídio Osvaldo Florentino Leito (Mata Grande) há dois dias e, além disso, vivem em condições insalubres.
"Eles tinham que ter avisado para as famílias dos presos sobre esse movimento grevista. A gente vem de longe como eu de primavera do leste e vamos lutar por eles, já que há dois dias eles sem água. São ser humanos também”, frisa.
O Sindicato da Categoria (Sindispen-MT) justificou que os agentes estão com salários defasados e que a paralisação é por tempo indeterminado até que a Casa Civil apresente uma saída.
A classe optou pelo movimento grevista em assembleia-geral no último dia 17, ou seja, prazo mínimo para tentativa de se estabelece um diálogo, o que não aconteceu.
De acordo com as famílias, os presidiários vivem em condições desumanas sem quaisquer recursos dignos. Também que não foram comunicados sobre a suspensão das visitas e que muitos vieram de outras cidades para manter o contato, e ainda temem por eventuais motins.
Quanto à intervenção na pista, os familiares não informaram previsão de acabar e exigem que alguma atitude de melhoria seja tomada.
Sobre as atividades realizadas nos presídios, o Sindspen avisou que alvará de soltura, entrega de comida fornecida pelo estado, entrega de medicamentos, rondas, guaritas e vigilâncias, banho de sol e colocação de tornozeleiras, estão indisponíveis conforme a categoria.