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Famílias cuiabanas começam 2024 mais propensas a consumir, mas despesas no início do ano ‘seguram’ intenção

Pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá revela que o indicador atingiu 110 pontos em janeiro de 2023. A marca é 43% mais alta em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio e analisados pelo Instituto de Pesquisas da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT). Ainda assim, especialistas destacam que o índice poderia ser ainda mais alto, não fossem as despesas tradicionais no início do ano, como IPTU, IPVA, materiais escolares, entre outros.

“O início do ano exige maior controle do orçamento por conta dos gastos específicos do período, como IPTU, IPVA, material escolar e matrículas, entre outros, o que influencia muito no consumo das famílias”, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

A ICF de janeiro teve elevação de 1,7% sobre o mês anterior. Ainda conforme análise instituo, a pesquisa segue em alta pela decima primeira vez consecutiva na capital e, inclusive, acima da média nacional, que, também em janeiro, apresentou retração mensal de 0,5%, acumulando 105,9 pontos. No entanto, o índice nacional também apresentação variação positiva, de 12,8% no comparativo com janeiro do ano passado.

O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, ressalta o contínuo crescimento na intenção de consumo na capital, diferente na média nacional. “Apesar do comportamento mais comedido na avaliação nacional, em Cuiabá as perspectivas são positivas e o crescimento se mostra contínuo, apontando um cenário de consumo impulsionador na capital”.

Entre os subíndices de composição, o Emprego Atual (-0,3%) e Renda Atual (-0,4%), são os únicos a mostrar queda, com aumentos significativos em Perspectivas de Consumo (5,9%) e Nível de Consumo Atual (4,2%). Já Compras a Prazo (2,0%), Perspectiva Profissional (1,7%) e Momento para Duráveis (1,5%) tiveram variações de crescimento próximas.

Quando perguntado sobre a situação do emprego, 56% dos entrevistados afirmaram que acredita estar mais seguro agora do que no mesmo período do ano passado, mesmo percentual dos que acham que a renda atual está melhor na comparação anual e dos que afirma que a perspectiva profissional é positiva para os próximos seis meses.

Wenceslau Júnior destaca que mesmo com os indicadores Renda Atual e Emprego Atual apresentando leve queda neste início de ano, os demais subíndices em alta reforçam uma condição que pode estar atrelada à sazonalidade de alguns setores. “Há um cenário de visão otimista do emprego e renda, quando comparado ao ano passado e isso pode gerar mais confiança para consumir e planejar gastos nesse período”.

O que pode ser explicado na avaliação de Acesso ao Crédito, onde 38% dos entrevistados apontam que no momento está mais difícil ter acesso ao crédito do que no ano passado e 33% disseram que está mais fácil, sendo que no ano passado, esses mesmos componentes mostravam que 60,2% dos entrevistados acreditam estar mais difícil e apenas 19% afirmavam estar mais fácil o acesso ao crédito.

João Freitas

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