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Famílias atingidas pelas chuvas tiveram atendimento médico priorizado

Desabrigados receberam atendimento imediato na unidade de saúde para evitar problemas como coceiras e mal-estar, sintomas clássicos de quem tem contato com água contaminada

FLÁVIA PORFÍRIO

As fortes chuvas que atingiram Várzea Grande no último domingo, 27 de abril, provocaram alagamentos em diversas regiões da cidade e deixaram famílias expostas a sérios riscos à saúde. Os bairros mais afetados foram Alameda, Carrapicho, Cohab Santa Fé, Joaquim Curvo e, principalmente, o Construmat — onde dez casas foram invadidas pela água, deixando moradores desabrigados. Essas famílias foram realocadas emergencialmente para a Escola Municipal Apolônio Frutuoso, no bairro.

Diante da situação, a rede municipal de saúde respondeu com agilidade. Quatro moradores oriundos das áreas alagadas foram encaminhados à unidade de Estratégia Saúde da Família do bairro Cristo Rei – a antiga policlínica do Cristo Rei – onde receberam atendimento imediato.

Segundo o gerente da ESF Cristo Rei, Douglas da Silva Moreira, os pacientes foram levados pela equipe do CRAS Cristo Rei, que está dando suporte às famílias, juntamente com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Secretaria Municipal de Educação. “Essas pessoas chegaram com sintomas típicos de contato com água contaminada: coceiras intensas nos braços, pernas e, em dois casos, por todo o corpo. O nosso clínico geral, doutor Thiago Oliveira, se prontificou a estender o atendimento, mesmo já tendo passado o seu horário do plantão, para que esses pacientes pudessem ser assistidos e medicados”, destacou.

O médico avaliou que os casos se tratam de urticárias causadas pela exposição à água de enchente, potencialmente contaminada com fezes humanas e de animais, urina, lixo e substâncias em decomposição presentes no solo urbano. “Essas águas representam um risco grave à saúde. A exposição pode desencadear reações alérgicas e até infecções”, explicou o médico.

Após consulta e análise clínica, os pacientes saíram da unidade medicados, com receita médica e com orientações sobre o acompanhamento dos sintomas. Caso haja agravamento ou persistência, todos foram instruídos a retornar à unidade de saúde.

O superintendente de Atenção Primária à Saúde, Márcio Frederico, destacou que a atuação da rede de saúde vai além do consultório: “A atenção primária está comprometida com o cuidado imediato, principalmente em situações de emergência climática, quando a vulnerabilidade da população é ainda maior. As equipes estão acionadas e disponíveis para atender todas as necessidades que surgirem.”

A Secretaria de Saúde reforça que os riscos de contaminação após enchentes são elevados, incluindo as doenças de pele, as gastrointestinais e até infecciosas. Por isso, orienta à população para evitar o contato com águas de enxurrada/inundações sempre que possível e procurar uma unidade de saúde ao primeiro sinal de sintomas como febre, vômito, diarreia, feridas ou coceiras.

Foto Capa: ANDRÉ LUIS

Fonte: SMS/VG

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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