Internacional

Familiares de passageiros do voo MH370 invadem sala de imprensa na Malásia

"Por favor, me diga onde está meu filho, onde se encontra", gritou em mandarim, entre lágrimas, uma familiar, antes de ser retiradas da sala de um hotel em Sepang, perto do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, informou o jornal "Malaysian Insider".
O grupo, que marchou de um hotel próximo com um cartaz no qual exigia respostas ao governo da Malásia, foi desalojado à força pela polícia, que formou um cordão para evitar que os parentes fossem entrevistados pelos jornalistas.
 
Familiares dos passageiros chineses que estavam a bordo do voo desaparecido ameaçaram ontem em Pequim realizar uma greve de fome até que as autoridades malaias deem informação convincentes sobre o paradeiro do voo.
O avião desapareceu do radar 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo, entre elas 154 cidadãos chineses. Uma equipe internacional procura a aeronave desaparecido em dois corredores, um ao norte e outro ao sul do ponto onde os radares o situaram pela última vez, uma ampla operação que inclui regiões desde a Ásia Central ao oceano Índico.
 
Buscas
 
A China estendeu nesta quarta-feira sua busca por mar até a baía de Bengala, a oeste da Tailândia, e o estreito de Sunda, entre as ilhas indonésias de Sumatra e Java, depois que Bangcoc confirmou que seus radares detectaram o avião da Malaysia Airlines no dia em que desapareceu.
 
Nove navios e seis helicópteros se deslocam hoje para esses dois pontos, nos quais se repartirão para buscar a aeronave no qual viajavam 239 pessoas, entre elas 154 cidadãos chineses, detalha hoje a página oficial China News Services. No total, as equipes chinesas buscarão em uma área de 300 mil quilômetros quadrados.
 
"Enfrentamos uma complexa operação de busca. Não tem precedentes", disse o subdiretor do centro chinês de Busca e Resgate Marítimo, Zhou Li, que explicou que os navios chineses nunca haviam enfrentado um trabalho com essas características em águas tão distantes. "E nossos navios estão buscando já há dez dias. O apoio logístico será importante. Além disso, as novas zonas de busca se encontram no trópico, esperamos um forte temporal com ondas e vento", destacou.
 
O rastreamento por mar foi ampliado um dia depois que China confirmasse que também procura por terra – a pedido da Malásia – e que realocou até 21 de seus satélites.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hong Le afirmou hoje que, por enquanto, "não encontramos nenhum sinal de que o avião tenha passado por território chinês".
 
"Continuaremos fazendo tudo que for possível na busca", disse, e acrescentou que "tornaremos públicos todos os detalhes quando terminarem as investigações", enquanto enfatizou que a China forneceu às autoridades malaias toda a informação requisitada, incluindo a dos radares militares. Mesmo assim, manifestou que "qualquer país que precise de informações da China, só tem que pedi-las e serão fornecidas".
 
G1

Redação

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