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Família de piloto vai pagar buscas por avião desaparecido no Pará

 
A filha do piloto Luiz Feltrin disse ao R7 que dois aviões da empresa de táxi-aéreo da família fazem sobrevoos na região. Segundo Jéssica Feltrin, a FAB alegou que já havia estourado o orçamento disponível para as buscas.
 
— Os oficiais da Força Aérea deram o melhor de si, com certeza. Mas, infelizmente, no nosso País as ordens vêm de cima. Não foi decisão deles. A FAB alega que o orçamento já foi além do programado e que eles não poderiam continuar por esse motivo.
 
Ela ainda conta que após receber a informação de que a Aeronáutica não participaria mais da tentativa de localizar a aeronave, a sensação foi de “tristeza e desespero”.
 
— O sentimento que fica não é em relação à FAB, é em relação ao País não ter orçamento para continuar procurando cinco pessoas perdidas na mata. A gente tem uma empresa de táxi-aéreo e paga muita tarifa aeroportuária, para a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], de horas de voo, e na hora que a gente precisa, não tem retorno disso. O sentimento é de impotência.
 
A aeronave, um bimotor Beechcraft Baron, deixou a cidade de Itaituba com destino a Jacareacanga no dia 18 de março. Além do piloto, estavam a bordo: o motorista Ari Lima; e as técnicas de enfermagem Luciney Aguiar de Sousa, Raimunda Lúcia da Silva e Rayline Sabrina Brito Campos. Essa última chegou a enviar mensagens de texto ao tio informando sobre uma forte tempestade e também que um dos motores do avião tinha falhado.
 
Jéssica conta que o bimotor nunca teve qualquer problema e diz acreditar que o pai fez tudo o que foi possível. Enquanto as buscas continuarem, ela diz que não vai perder as esperanças.
 
— Aqui já tivemos muitos outros acidentes parecidos aqui na região em que as pessoas sobreviveram até 60 dias na mata. Então, tudo é possível. Por isso que a gente não desiste. Nós vamos até que a gente encontre ou até que se esgotem as nossas possibilidades financeiras. 
 
Outro lado
 
Em nota, a FAB nega que as buscas tenham sido paralisadas por questões orçamentárias. A Força Aérea ainda diz que “na operação de busca em questão, toda a área foi coberta diversas vezes, com diferentes padrões de busca e por diferentes aeronaves [aviões e helicóptero], gerando uma redundância que chega a um total aproximado de nove vezes o tamanho da área”. Segundo a Aeronáutica, um helicóptero Black Hawk retornou à região na sexta-feira (4) para averiguar pontualmente novas informações.
 
R7

Redação

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