Cidades

Família busca menina de 5 anos desaparecida em Mariana

Emanuely, de 5 anos, está desaparecida após rompimento de barragem em Mariana (Foto: Raquel Freitas/G1)

A família da pequena Emanuely, de cinco anos, procura a garota desde que duas barragens se romperam, na tarde desta quinta-feira (5), em Mariana. A tia da menina, Denise Isabel Monteiro, conta que a criança sumiu quando o mar de lama tomou o distrito de Bento Rodrigues.

As barragens de Fundão e de Santarém, da Samarco Mineração, se romperam na tarde da quinta-feira (5) e há a confirmação de uma morte segundo o Corpo de Bombeiros. Treze pessoas estão desaparecidas de acordo com os bombeiros. Todas elas trabalhavam na barragem do Fundão. O Ministério Público abriu um inquérito civil para apurar as causas e as responsabilidades.

Segundo Denise, o irmão dela, Wesley Isabel, tentou salvar os dois filhos na hora em que "começou a descer o barro", mas a enxurrada de lama fez com que ele se perdesse de Emanuely e de Nícolas, de 2 anos. Denise diz que o irmão, a cunhada e sobrinho menor foram resgatados, mas a garota não foi encontrada.

Ela afirma que Wesley teve fratura no tornozelo e foi submetido a uma cirurgia, nesta sexta-feira (6), no Hospital de Santa Bárbara, cidade vizinha a Mariana. Segundo Denise, a mãe das crianças estava grávida, mas perdeu o bebê. A mulher e o filho foram encaminhados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.

A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) confirmou que os dois estão internados e passam bem.

No fim da tarde, o secretário de Defesa Social de Mariana, Braz de Azevedo, informou ao G1 que as autoridades verificam se uma criança internada em Santa Bárbara é Emanuely.

Denise espera que essa chance se concretize. Ela conta que outros parentes também moram em Bento Rodrigues, incluindo a mãe dela, que precisou ser sedada após a tragédia. "No domingo, foi todo mundo para casa da minha mãe. Parecia que a gente sabia que estava se despedindo do local. Bento acabou", disse.

Ela afirma que sempre pensou que a barragem representava um risco aos moradores. "Desde que eu era pequena, que morava em Camargos [distrito de Mariana], a gente sabia que essa barragem ia estourar, mas imaginava que seria num dia de chuva, não no tempo seco", disse.

Fontee: G1

Redação

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