Imagem mostra pele nomal (esq.) e pele com estria (dir.): nas estrias, fibras elásticas são danificadas e cremes disponíveis atualmente não têm como repará-las. (Foto: U-M Health System/Divulgação)
Falta evidência científica de eficácia aos produtos disponíveis no mercado que prometem reduzir as estrias formadas durante a gravidez, segundo uma pesquisa publicada em novembro na revista "British Journal of Dermatology".
O autor, o dermatologista e professor da Universidade de Michigan Frank Wang se dedica há mais de oito anos ao estudo das estrias, campo que não tem recebido muita atenção da ciência por ser visto como algo que não traz riscos à saúde.
"A maioria dos produtos não são baseados em sólida pesquisa científica. Muito poucos ou nenhum dos itens alardeados como prevenção ou solução para estrias realmente funcionam", afirma Wang em comunicado.
"Como as estrias colaboram para o estresse no início da maternidade para muitas mulheres, é importante aprender sobre elas", diz Wang. "Algumas mulheres sentem que sua autoestima, qualidade de vida e vontade de participar de certas atividades ficam afetadas."
Para examinar em profundidade as estrias, pesquisadores estudaram amostras de pele de 27 mulheres grávidas que tinham estrias recém-formadas e compararam essas amostras com a pele de outras regiões no abdômen e no quadril.
A equipe liderada por Wang descobriu que a rede de fibras elásticas na derme fica danificada na estria. Depois de dar à luz, essa rede permanece prejudicada. A pele tenta reparar a rede de fibras elásticas destruídas, mas não consegue, o que resulta em uma pele frouxa e solta.
Segundo Wang, os produtos disponíveis no mercado atualmente não são capazes de reparar as fibras elásticas "quebradas" que formam as estrias. "Pode fazer mais sentido, portanto, focar em preservar as fibras elásticas que você tem em vez de reparar as danificadas por estrias", diz.
O grupo de pesquisadores continua estudando formas de prevenir e tratar as estrias.
Fonte: G1