A falta de acesso à internet com qualidade nas zonas rurais no estado pode travar o avanço do desenvolvimento tecnológico, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O menor índice observado pelo instituto está na região norte do estado.
A pesquisa ouviu, por telefone, 409 pecuaristas em 93 municípios entre os meses de setembro e outubro de 2021. A escolha dos produtores a serem ouvidos se deu de forma aleatória para não influir no resultado.
O instituto ainda aferiu o tipo de conectividade que os produtores rurais mais utilizam no campo, sendo que 64% deles usam a internet via rádio; por satélite são 17%; para o 4G são 10% e, para internet à cabo, são 8%.
Segundo o instituto, o maior uso via rádio já era esperado pelos pesquisadores, dado que os outros meios ainda são escassos para atender a demanda em locais tão afastados.
A região norte de Mato Grosso registrou apenas 55% de acesso à rede nas propriedades, independente da qualidade da conexão. Segundo a pesquisa, esse número é ainda menor do que em outras regiões do estado.
O médio-norte desponta na liderança com melhor acesso à internet no campo, com 86%; em seguida, vem o sudeste, com 77%. A média do estado ficou em 71%, o que significa que as duas regiões anteriores conseguiram estar acima da média registrada no estado todo.
Contudo, a pesquisa ressaltou que, apesar desse número, há ainda um longo percurso para a conectividade avançar na zona rural de forma que contemple a maioria das fazendas produtoras.
Benefícios
De acordo com os produtores ouvidos pela pesquisa, os benefícios do acesso à internet no campo foi a retenção de funcionários, a segurança na propriedade, compras online e a gestão zootécnica.