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Falta de Insulina compromete saúde de diabéticos em Mato Grosso

Foto Reprodução

Portadores de diabetes em Mato Grosso correm o risco de desenvolver outras doenças, em função da falta de remédio na Farmácia de Alto Custo do Estado. A Insulina do tipo Lantus está em falta na unidade há mais de duas semanas, segundo Andréia Kruger, que defende os direitos dos diabéticos e denuncia o descaso.

“Sem tratamento, eles começam a ter complicações no quadro clinico e existe até o fator de risco de morte, por que a insulina para o diabético é como se fosse o oxigênio. Uma vez que deixa de tomar o medicamento, a pessoa vai ficando com sequelas”, afirmou Andréia.

De acordo com ela, outros remédios estão em falta, mas que seriam de responsabilidade do município. Ela ainda reclama que sempre ocorreu o problema da falta dos produtos e que o diabético não pode interromper o tratamento.

Em Mato Grosso, são mais de 180 mil portadores da doença, segundo um levantamento do Sistema de Informação de Mortalidade de MT. Além disso, só no Estado a doença mata 72.200 mil adultos anualmente, segundo a mesma pesquisa.

Andréia explica que os diabéticos utilizam dois tipos de Insulina. A que está em falta (Lantus), que é de “longo prazo” e equilibra a taxa de glicemia no corpo do paciente, que é justamente um dos produtos em falta.

“Só nesse ano já é a terceira vez falta remédio e o ano mal começou. O mais caótico mesmo é que a droga é de uso continuo, controlado e não pode ser interrompido. Mas o pessoal da farmácia não sabe nem quando vai ter reposição”, reclamou.

Caos na saúde

Na avaliação de Andreia, a falta dos insumos contribui para o aumento do caos no Sistema Único de Saúde (SUS), pois na ausência deles, os diabéticos podem desenvolver outras enfermidades, como cegueira, atrofiamento de músculos, amputação e até a morte.

“Se você tem uma doença só, por que não tratar aquela doença? Por que permitir uma abertura para outras?”, questionou. “A falta acaba por aumentar a demanda do SUS, que vai ter que tratar outras doenças, devida à falta de remédios”, completou Andréia.  

Outro lado

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso (SES-MT) informou que o processo para recebimento da Insulina do tipo Lantus, Azatioprina e Alênia estão em fase final. Disse também que o pagamento para as empresas responsáveis está previsto para as próximas semanas.

“Após [o pagamento] os fornecedores têm até 15 dias para realizar a entrega”, informa trecho do comunicado.

A SES disse ainda que o Lamotrigin está em falta por que a empresa Metha, de Goiânia, responsável pelo medicamento, está sem a matéria prima para a fabricação do fármaco. A pasta está solicitando a troca por outro laboratório. 

Felipe Leonel

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