Quem se lembra das emocionantes e divertidas lutas de Telecatch? Ou, para os mais jovens, quem se recorda dos combates dos Gigantes do Ringue? Pois então… Os aficionados por luta-livre tiveram uma noite de domingo mais do que especial. A americana WWE (World Wrestling Entertainment) organizou a 31ª edição da WrestleMania (espécie de “Copa do Mundo” da modalidade) e, certamente, fascinou a quem o assistiu. Desde recorde de público, à luta sangrenta e final surpreendente, o evento foi um sucesso e cumpriu o seu objetivo: divertir as pessoas.
Parte dos amantes de lutas se recusa a acompanhar os combates da WWE. O motivo? “Ah… é tudo de mentira”, dizem eles. Tudo bem, os atletas se enfrentam em duelos que misturam encenação teatral, artes marciais e circo, mas o que se viu na WrestleMania 31, neste domingo, em San Francisco, foi bastante real.
Para começar, o evento atraiu simplesmente 76.976 pessoas ao Levi's Stadium, recém-inaugurada casa do San Francisco 49ers na NFL. O público é e promete continuar sendo o recorde do local, que só recebe 75.000 espectadores em partidas de futebol americano – a capacidade neste domingo foi maior, porque foram colocados assentos no campo, ao redor do ringue – o que não ocorre normalmente.
E, olha, vai ser difícil encontrar alguma pessoa que tenha deixado o estádio decepcionada. O evento foi um verdadeiro fascínio. Para começar, houve o famoso combate pelo Título Intercontinental, no qual sete lutadores têm que arrancar o cinturão de um gancho posicionado a alguns metros do centro do ringue. Para isto, eles usam escadas e (claro) protagonizam movimentos dignos de deixar qualquer fã boquiaberto. O “queridinho” da torcida Daniel Bryan faturou o cinturão, mas o que chocou foi o golpe sofrido pelo “maluco” Dean Ambrose, arremessado de costas sobre escadas localizadas fora do ringue.
Depois, uma sequência de momentos levantou a torcida: John Cena tirou o Título Americano das mãos do “vilão” russo e até então invicto Russev; os lendários e veteranos Triple H e Sting se enfrentaram em um combate recheado de nostalgia e que confrontou os maiores nomes da WWE e WCW; e o “Homem-Morto” Undertaker voltou aos ringues após um ano parado com vitória espetacular sobre Bray Wyatt. Tudo isto serviu como aquecimento para o que ainda estava por vir.
Primeiro, a campeã peso-galo feminino do UFC, Ronda Rousey, foi chamada pelo lendário The Rock (sim, aquele mesmo… da série de filmes Velozes e Furiosos) para o ringue. Ela deu um “apavoro” em Stephanie McMahon, “chefona” da WWE, e até torceu o seu braço após uma discussão calorosa para o planeta inteiro ver.
Depois, na luta que definiu o Título Mundial Peso-Pesado da organização, Brock Lesnar (ex-campeão do UFC) enfrentou o fortão Roman Reigns em um combate espetacular. Houve até quem duvidasse que os dois estavam encenando. Lesnar chegou a sangrar bastante após ser jogado contra o poste de sustentação do ringue, e, antes disto, uma câmera lenta flagrou um tapão (daqueles!) do grandalhão ex- MMA no rosto do rival.
O final, contudo, foi melhor ainda – já que não foi Lesnar nem Reigns quem ganhou a luta. E sim Seth Rollins, que invadiu o combate no final para exigir a sua participação (uma vez que tinha direito a disputar qualquer título da organização por ter faturado um combate especial há algum tempo). Menos cansado que os dois rivais, Rollins manteve Reigns com as costas no chão por três segundos e se tornou o novo campeão mundial peso-pesado. Foi surpreendente. Totalmente inesperado. Algo que só a WWE pode proporcionar.
Fonte: Terra