O pré-candidato Wellington Fagundes (PR) diz que o governador Pedro Taques perdeu a “governabilidade”, mas se diz contra medidas que agrave a crise financeira, que já provocou acumulado de dívida, afetando principalmente os setores da saúde e da educação.
“Nós, os políticos, não podemos ser irresponsáveis de aproveitar a fragilidade desse momento para aumentar a crise. Hoje, temos uma situação em que o vice-governador [Carlos Fávaro, PSD] renunciou; eu vivi dois impeachments no Brasil. Quando se perde a governabilidade, isso leva ao caos. Mas, é claro, que qualquer processo traumático é muito prejudicial à democracia”.
Ele defende que se aguarde o processo eleitoral e o fim do mandato de Pedro Taques traçar alternativas ao modelo de gestão de Pedro Taques. O pré-candidato ao governo diz que, em eventual eleição ao Palácio Paiaguás, irá buscar diálogo com outros Poderes para reformular a distribuição de verba, para reequilibrar as contas do Estado. Por exemplo, a redução de verbas.
“Vou procurou ter mais do que nunca cautela para não fazer da crise um problema que vai prejudicar. Eu quero que as pessoas tenham dimensão da crise que estamos vivendo, com pessoas morrendo no pronto-socorro, e o dinheiro parado na conta do governo”.
Motivados pelo momento eleitoral, a oposição ao governo Pedro Taques na Assembleia Legislativa vem se avolumando semanalmente. Nesta terça (28), duas moções de repúdio foram aprovadas pelos deputados por atrasos de repasses para serviços de saúde ao município e pelas reclamações de professores de falta de infraestrutura no ensino público com atraso no pagamento de fornecedores da merenda escolar.
Os pedidos de moções foram apresentados pela líder da oposição, deputada Janaína Riva (MDB), que também vem intensificando as críticas desde a semana passada ao governo por causa das homologações no STF (Supremo Tribunal Federal) das delações premiadas do ex-secretário de Educação Permínio Pinto e do empresário Alan Malouf. Eles vão depor sobre o suposto desvio de R$ 56 milhões da Seduc por meio de fraudes em licitações, que teriam beneficiado o governador Pedro Taques. Parte do dinheiro teria sido usado para quitar dívidas da campanha de 2014.