O senador Wellington Fagundes (PR) diz que sua campanha ao governo não decolou para o segundo turno por fraca exposição em Cuiabá e Várzea Grande. O republicano avalia que o tempo de campanha liberado pela Justiça Eleitoral não foi o suficiente trabalhar sua candidatura na região central do Estado.
“Cuiabá e Várzea Grande são as cidades que têm números muito expressivos de população e, consequentemente, de eleitores, e é um lugar onde Wellington Fagundes teve a menor densidade. O tempo da campanha não foi o suficiente para agir esse grande público”, afirmou ele em entrevista à rádio Capital nesta quarta-feira (17).
O governador eleito Mauro Mendes (DEM) venceu seus dois principais adversários na disputa pelo governo com a grande maioria dos votos em Cuiabá e Várzea Grande, os dois principais colégios eleitorais em Mato Grosso. O democrata recebeu 176.829 votos (58,46%), o dobro do conquistado por Pedro Taques (PSDB), que recebeu 82.717 votos, representando 27,35% dos votos válidos.
Wellington Fagundes ficou em terceiro lugar. Na capital, ele alcançou 30.469 votos (10,07%); em Várzea Grande, a votação foi maior e representou 61,85% dos votos válidos (76.442). Os dois colégios representaram mais um terço do total de votos de Mato Grosso.
Mas, o republicano afirma ter sido pego se surpresa com o número de votos nos dois colégios. Ele iniciou a campanha numa distante terceira colocação e a encerrou em segundo lugar, passando à frente do tucano Pedro Taques, que buscava a reeleição. Fagundes recebeu 280.055 votos (19,56%) no Estado.
“Mas, eu tive uma votação que pra mim foi surpresa. Quando começamos a eleição tínhamos dois por cento [da intenção de votos] em Cuiabá e terminamos com mais de dez por cento. Acho que isso é contingência eleitoral, e, claro, quem fez a melhor campanha, quem atendeu a expectativa da população ganhou a eleição”, pontua.
Fagundes teve melhor desempenho na região sul, onde recebeu a maioria dos votos em cidades como Rondonópolis (42,86%); Itiquira (44,57%) e São Pedro da Cipa (59,87%).