O pré-candidato ao governo de Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes (PR), usou de tom ameno contra seus adversários durante o lançamento de seu nome para a disputa às eleições de outubro. Na noite deste domingo (5), o republicano arriscou um discurso de esquerda e falou em reforma fundiária e modelos de economia inclusiva.
“Eu lutei para fazer reforma fundiária no Brasil. Só com a regularização fundiária nós podemos mudar a economia de Mato Grosso, são mais de 80 mil famílias que vieram para cá, para trabalhar. E muitas vezes são pessoas são penalizadas por legislações submetidas ao interesse de grandes países. Nós queremos fazer o desenvolvimento pensando de que forma iremos apoiar o artesão, que, às vezes, não tem como acessar financiamento do banco”.
Fagundes conseguiu fechar a chapa para sua campanha apenas neste sábado (4) quando a empresária Sirlei Theis (PV) foi escolhida para a candidatura à vice-governadora. O PR aguardava definição do grupo petista em Mato Grosso pela indicação ou não de Lúdio Cabral para a vaga. O PT vai acompanhar os republicanos em chapa para deputado federal e estadual
A chapa republicana também tem a participação de deputado federal Adilton Sachetti (PRB) e a ex-reitora da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB) na disputa ao Senado. Sachetti tem como suplentes o ex-prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB) e a ex-primeira-dama de Santa Cármen, Alessandra Nicoli. A professora escolheu o ex-membro do Sintep, professor Gilmar, e Aloízio Arruda.
A chapa de Wellington Fagundes foi fechada com dez partidos, a maioria tradicionalmente de ideologia de esquerda: PR, PV, PCdoB, PT, PRB, PTB, PROS, PP, PMN e Podemos. Esse arco deve garantir a Fagundes o maior tempo de TV, estimativa de 4’15, dentre os candidatos ao governo.
Rechaço tucano
Logo no início de seu discurso, Wellington Fagundes fez crítica à decisão do governador Pedro Taques ao longo dos três anos e meio de mandato por rejeição à “ajuda” de políticos na administração do Estado. O pré-candidato afirmou que a situação financeira de Mato Grosso só não está pior pela articulação da bancada no Congresso Nacional em agilizar a liberação de parcela do FEX (Fundo de Fomento à Exportação) no fim do ano passado.
“No dia da diplomação, eu disse ao governador eleito que os problemas, as adversidades da campanha ficam para trás. Mas, infelizmente ele disse que não precisava de senador para ir à Brasília, rechaçou. Não a luta para trazer recurso do FEX para Mato Grosso, a situação de caos seria ainda maior. Conseguiu trazer para o governo pagar ao menos os salários dos servidores”.