O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) confirmou, nesta sexta-feira (6), que permanecerá em seu partido mesmo tendo posicionamento contrário à decisão de deixar a base do governador Pedro Taques (PSDB). Enquanto a legenda migra para a oposição, Fabris afirmou que continua na base do tucano.
A decisão de Fabris foi tomada em meio a rumores de que ele deixaria o PSD após não concordar com a decisão do partido. Além dele, os deputados federais Wagner Ramos, Pedro Satélite e Ondanir Bortolini, o Nininho, também ameaçaram deixar a legenda após o PSD regional decidir, durante reunião, deixar a base do governador.
Por meio de comunicado, Fabris informou que se reuniu, na manhã desta sexta-feira, com o ex-vice-governador Carlos Fávaro, presidente regional do partido, e os parlamentares descontentes com a posição do PSD. No encontro, que ocorreu na casa de Fabris, eles teriam discutido sobre pautas partidárias e teriam acertado a permanência dos quatro deputados na sigla, mesmo com posição contrária à maioria do partido.
Fabris afirmou que após a reunião desta sexta-feira e depois de fazer contatos com vereadores, prefeitos e lideranças do PSD, foram definidas as pautas da legenda nos próximos meses.
Conforme o deputado estadual, ficou definido que o partido buscará espaço para uma vaga ao Senado para Carlos Fávaro, que deixou a vice-governadoria para concorrer ao cargo.
“Os candidatos a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados do PSD querem estar no “chapão” que será construído pela coligação”, pontuou.
O deputado frisou que os deputados que apoiam Taques continuarão na base do governo e ajudarão a construir o projeto de reeleição do governador, “juntamente com vereadores, prefeitos e lideranças do PSD que são aliados dos parlamentares”.
Apesar do apoio ao tucano, Fabris ressaltou que serão respeitadas as lideranças dentro do PSD regional, “que pretendem trabalhar a coligação com algum candidato ao governo do Estado que eventualmente venha a surgir no cenário político”.
Por fim, o parlamentar afirmou que, no momento correto, o PSD decidirá de modo democrático, por maioria do diretório, a coligação que atenderá mais seus objetivos na disputa eleitoral deste ano.