Ezequiel Fonseca, presidente estadual do PP, anda mesmo tiririca com a atitude do vereador Diego Guimarães (PP) depois que ele aceitou o convite do governador Pedro Taques (PSDB) para comandar o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e afirmou com todas as letras que Diego deveria sair do partido durante entrevista ao jornalista Paulo Coelho e nesta quinta-feira (19) novamente.
“Temos problemas desde o início, ele não tem ouvido a orientação do partido e vez ou outra temos problemas”, disse, relembrando a divergência com o fato de Guimarães, por exemplo, ser o único progressista a não compor a base de apoio ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), inclusive apoiando a abertura da CPI do Paletó, cujo objetivo é apurar o recebimento de suposta propina por parte do então deputado estadual.
Bastante irritado, ele renegou até mesmo a força de Neri Geller dentro do partido e o efeito do apoio deste às ideias e atos do jovem vereador. “O correto de um bom partidário é seguir as orientações partidárias. (…) Ele não tem nosso aval, não tem nossa autorização. É uma conta e risco próprios. Somos oposição ao governo Pedro Taques e não é de hoje. Há tempos nós temos sinalizado. (…) Se é orientação dele, do Neri, não sei de quem é”, disparou. Afirmou também que Blairo Maggi (PP) não dá aval algum a isso.
Ele falou que há uma sanção contra Diego e ele poderá usá-la. Seguiu dizendo que a grande maioria do PP é oposicionista a Taques e uma ínfima minoria o apoia. Ao responder sobre a tese de “forças divididas”, ele redarguiu: “Não sei de qual força você está falando que tá dividida. Temos três vereadores, e um indo pra lá, aonde tá a grande maioria? (…) Neri Geller é o que hoje, na ordem do dia? Não é mais deputado, não tá mais no ministério, é um pré-candidato a deputado federal. Tem um voto na convenção, assim como eu”.
O deputado federal encerrou afirmando que fez um convite para o vereador cair fora do PP e lembrou também do compromisso assumido e mantido pelo prefeito ao designar as pastas de Obras Públicas (Vanderlúci Rodrigues), Cultura (Francisco Vuolo) e Trabalho e Desenvolvimento (Vinicius Hugueney) ao partido.
Como saiu de licença da Câmara para virar secretário estadual, assume a cadeira de Diego um outro apoiador de Emanuel, Demilson Nogueira.