A exportação de suco de laranja teve o pior desempenho desde 1991. O balanço da safra 2016- 2017, foi divulgado essa semana.
Boa parte da laranja colhida em São Paulo tem como destino uma fábrica em Araraquara, na região central do estado. O Brasil é o maior produtor mundial de suco. As exportações representam 95% das vendas.
O setor ajuda a trazer dinheiro para o país e tem uma participação importante na balança comercial. Só que os embarques brasileiros de suco encerraram a última safra abaixo de um milhão de toneladas. É a primeira vez que isso ocorre desde o começo da década de 1990.
Na safra 2016-2017 foram comercializadas 894 mil toneladas da fruta: 17% menos que na safra anterior. A área ocupada pelos pomares não diminuiu. O motivo da queda foi a estiagem.
“A planta, para se defender, ela solta um hormônio nessa época de calor – quando tem esse calor extremo – e faz com que o fruto se desprenda. Ela aborta o fruto. Então a gente teve uma queda muito grande desses frutos, o que impactou de forma definitiva a safra da laranja”, explica o diretor-executivo da Citrus BR, Ibiapaba Netto.
Se por um lado teve queda grande no volume, a receita também caiu. Mas bem menos – cerca de 7%. É que o produto teve uma valorização. A tonelada foi negociada, em média, a US$ 1,8 mil. Duzentos a mais do que na safra anterior.
Os estoques que vinham bem, baixaram muito nos últimos anos. Em junho de 2014 eram 534 mil toneladas de suco. No mês passado 70 mil toneladas. O setor acredita que na safra 2017- 2018, a situação vai melhorar.
O estado de São Paulo produz mais de 70% da laranja nacional.