Cidades

Exploração ilegal de madeira aumenta 54% na Amazônia Legal

 
Os dados são da organização da sociedade civil de interesse público (oscip), Imazon, um instituto de pesquisa fundado em 1990 em Belém, no Pará.
 
De acordo com o relatório do instituto, “a exploração de madeira não autorizada (ilegal) foi detectada em todas as regiões do bioma mato-grossense”, apontando o centro-norte do Estado como a área de maior concentração de extração ilegal desse bem, com 84.834 ha subtraídos irregularmente.
 
Somando a exploração ilegal da floresta amazônica ocorrida dentro do território de Mato Grosso, 106.663 ha não tinham autorização. Para se ter uma ideia, seria algo como um campo de futebol ser desmatado a cada cinco minutos num período de um ano.
 
De acordo com o Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Simlam), sistema de controle utilizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), a produção florestal em Mato Grosso em 2012 foi de 6,9 milhões de metro cúbicos, 100% provenientes de mata nativa. A grande maioria da extração não autorizada, que totalizaram 96,4% da área, ocorreu em terras privadas, devolutas ou sob disputa.
 
Quando comparamos os dados referentes ao mesmo período do ano anterior (agosto de 2010 e julho de 2011), observamos um aumento na exploração autorizada de madeira, que subiu 23%. Entretanto, há poucos motivos para comemorar, tendo em vista que a área da qual as toras foram retiradas ilegalmente da floresta amazônica no Estado de Mato Grosso subiu 63% comparando ambos os intervalos.
 
O município campeão de extração ilegal de madeira é Marcelândia (676 km de Cuiabá), com 23.528 ha, seguido de União do Sul (17.357 ha), Aripuanã (8.048 ha), Nova Maringá (7.587 ha) e Itanhangá (7.384 ha).
 
No mesmo de agosto de 2011 a julho de 2012, a exploração ilegal de madeira atingiu 2.850 ha de florestas em Terras Indígenas (TIs). A TI que apresentou maior área explorada foi a Arara do Rio Branco, com mais de 1.348 ha, situada no noroeste do Estado, totalizando 47% da extração ilegal dessa categoria. O parque indígena (PI) Xingu, e as TIs Aripuanã, Manoki, Batelão, Kayabi e Marãiwatsédé foram outros territórios indígenas atingidos.
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.