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Exército suspende registro de armas de citados na morte de adolescente em MT

O Exército Brasileiro resolveu suspender temporariamente os Certificados de Registro (CRs) de armas dos atiradores desportivos envolvidos na morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, no dia 12 deste mês, em um condomínio de luxo, em Cuiabá.

O Comando da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada emitiu uma nota informando que está subsidiando a Polícia Civil com todas as informações pertinentes aos atiradores desportivos.

Tiveram os registros de armas suspensos o empresário que é pai da adolescente de 14 anos apontada como suspeita de ter feito o disparo que matou Isabele, o proprietário da arma usada no crime, e o filho dele, um adolescente de 16 anos, que era namorado da autora do disparo acidental.

Eles estão sob investigação em três inquéritos relacionados ao homicídio.

Segundo a nota, após resultado do inquérito policial, o Comando da Brigada tomará as providências cabíveis no tocante aos atiradores desportivos envolvidos, podendo até mesmo solicitar a cassação dos certificados de registros para as atividades de tiro desportivo.

O caso Isabele está sob a investigação da Delegacia Especializada do Adolescente, em Cuiabá.

Nesta semana os delegados tentam encerrar os depoimentos e imagens, além dos celulares apreendidos.

O homicídio, segundo a versão da amiga, ocorreu por disparo acidental, quando guardava o case com duas pistolas e, ao desequilibrar, a derrubou.

A arma que matou Isabele pertence ao pai dele. O menino teria levado o objeto para a família da namorada a pedido do pai.

Praticantes de tiro

As duas famílias, a da adolescente que disparou, e a do namorado dela praticam tiro esportivo.

A Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT) disse que a adolescente que matou a amiga é praticante de tiro esportivo há pelo menos três anos.

Segundo a federação, o pai e a menina participavam das aulas e de campeonatos há três anos. Os nomes deles constam nos grupos, chamados 'squads', que participavam das competições da FTMT.

Outros membros da família também participavam desses grupos e praticam o esporte.

O advogado da família contestou a informação e afirmou que a adolescente praticava o esporte há apenas três meses.

Prisão do pai

O pai da adolescente que atirou tinha sete armas em casa. Ele também foi ouvido pela polícia um dia após o caso e chegou a ser preso por não ter documento de duas armas, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 1 mil.

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Rondon Bassil Dower Filho, derrubou, no domingo (19), a decisão que determinou fiança de R$ 209 mil para o pai da adolescente e reduziu o valor para R$ 10 mil.

Redação

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