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Execução de delator do PCC: força-tarefa cumpre mandados de busca, apreensão e prisão

A força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública para investigar a execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach no último dia 8, no Aeroporto de Guarulhos, cumpre nesta sexta-feira, 22, mandados de busca, apreensão e prisão. Não foram dados detalhes da ação. A SSP apenas confirmou que equipes estão em diligências neste momento.

Afastamento de policiais

Há dez dias, foi determinado o afastamento de quatro policiais militares investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator. PMs de São Paulo na ativa são proibidos de fazer escolta, segurança particular ou qualquer outra atividade externa à corporação. O descumprimento é infração ao regimento interno da instituição e pode ser punido até com a expulsão.

Como mostrou o Estadão, quatro agentes faziam a segurança particular de Gritzbach no dia em que o delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi executado em plena luz do dia – esses já tinham sido afastados anteriormente. Portanto, são oito PMs tirados dos serviços nas ruas.

Atuação de policiais civis também é investigada

A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público. Parte dos extratos da delação de Gritzbach foi encaminhada à instituição, que deu início em outubro a uma apuração sigilosa, com providências administrativas preliminares para individualização da conduta de cada um.

Polícia oferece recompensa de R$ 50 mil por suspeito de participar de execução

Na terça-feira, 19, a Polícia Civil de São Paulo realizou operação para tentar prender um suspeito de ajudar os atiradores que executaram o delator. O suspeito, Kaue do Amaral Coelho, não foi encontrado pelas autoridades em sua casa e está foragido. Uma recompensa de R$ 50 mil foi oferecida para quem tiver informações sobre ele. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Coelho.

O crime

Conforme as informações preliminares do caso, Gritzbach havia acabado de chegar de viagem com a namorada no aeroporto e seria recebido pelo filho e um grupo de quatro seguranças, composto por PMs que faziam a proteção do empresário. No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado falha mecânica. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo. Assim, somente um estava no aeroporto na hora do atentado.

Uma das linhas de investigação, que ainda está em fase preliminar, busca entender se os agentes não teriam deixado o policial exposto no aeroporto intencionalmente. Os celulares desses quatro integrantes da escolta e da namorada de Gritzbach foram apreendidos pelo DHPP, de acordo com informações da SSP.

Os policiais militares que pertenciam à equipe de segurança da vítima já prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações e ficarão em expediente administrativo a pedido da Corregedoria. A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das Polícias Civil e Militar apuram a atuação dos agentes.

Estadão Conteudo

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