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Excesso de gordura na carne moída da merenda é investigado

Foto: reprodução

Por G1

A empresa Nutriplus Alimentação, responsável pela merenda escolar da rede municipal de ensino de Piracicaba (SP) é investigada por suposto excesso de gordura na carne moída servida às crianças. O teor máximo, permitido pelo edital da prestação do serviço, é de 5%. A contratada afirmou que não foi notificada sobre o caso, mas adiantou que os produtos atendem as especificações da concorrência pública.

A Secretaria Municipal de Educação abriu um processo administrativo contra a Nutriplus Alimentação sobre o teor de gordura na alimentação. A carne bovina moída fornecida aos estudantes da rede municipal deve ser de miolo paleta, corte da parte dianteira do animal.

"A irregularidade foi detectada pela equipe de nutricionistas da pasta que acompanha e fiscaliza o trabalho da empresa", afirmou em nota a administração. Depois que a Nutriplus fizer a defesa, o jurídico da Prefeitura analisará se aplicará uma multa à empresa.

A prestadora dos serviços executa o programa de duas maneiras, as refeições são preparadas nas cozinhas das próprias unidades escolares ou transportadas, quando a contratada tem uma cozinha piloto onde as refeições são feitas e acondicionadas em caixas térmicas, em temperaturas adequadas, e levadas em caminhões isotérmicos até as escolas.

De acordo com a Prefeitura, a Nutriplus executa serviços de fornecimento de alimentação escolar, incluindo pré-preparo, preparo e distribuição da merenda, com o fornecimento de mão de obra, gêneros alimentícios e demais insumos, logística, supervisão, manutenção de equipamentos e utensílios e material de limpeza das cozinhas.

"À Divisão de Alimentação cabe a fiscalização do cumprimento do contrato através de visitas periódicas nas unidades escolares. Atualmente atende ao ensino municipal e toda a rede estadual – fundamental, médio, educação de jovens e adultos e ensinos técnicos – totalizando 108 pontos de atendimento pela empresa Nutriplus", completou a Prefeitura em nota oficial enviada ao G1.

A Nutriplus Alimentação afirmou, nesta quarta-feira (29), que foi notificada do caso no dia 28 de março, vai se defender e tomar as medidas cabíveis, uma vez que possui laudos que comprovam que a carne servida atende os parâmetros técnicos exigidos pelo contrato em vigor.

Especialista
A nutricionista clínica funcional, Karla Christofoletti, o limite de gordura estipulado no edital de contratação da empresa fornecedora da alimentação escolar deve ser respeitado porque são adotados após estudo do perfil social da clientela escolar.

"A porcentagem permitida é imposta uma vez que não se considera apenas a refeição oferecida pela instituição de ensino, essa é só um delas. É preciso levar em conta os hábitos alimentares que a criança tem em casa também", explicou.

"Basta pensar que, muitas vezes, o acesso a biscoitos, pelo preço até, é maior do que a algumas frutas, por exemplo. Nesse aspecto, a quantidade fica à frente da nutrição, infelizmente", ressaltou. "Hoje, no Brasil, a obesidade infantil é um problema cada vez maior", alertou.

 

Redação

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