O juiz da 7º Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, indeferiu a prisão do ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, mas estabeleceu medidas para o monitoramento do investigado. O magistrado julgou o pedido das delegadas Ana Cristina Feldner e Janira Laranjeiras, que integram a força-tarefa da Polícia Civil no caso dos grampos telefônicos.
Elas pediram a prisão com a alegação de que o ex-secretário tentou atrapalhar o andamento da apuração das interceptações ilegais, que envolve o ex-governador Pedro Taques (PSDB), militares, além das pessoas que tiveram sua linha de telefone hackeada como juiz, empresários, políticos e advogados.
As medidas cautelares devem passar a valer a partir desta segunda-feira (18). Rogers Jarbas fará uso de tornozeleira eletrônica e ficará proibido de se aproximar de outras pessoas também investigadas no caso dos grampos. Ele ainda terá que permanecer em casa durante a noite nos finais de semana e nos feriados.
O ex-secretário foi preso em setembro de 2017 na Operação Esdras como suspeito de tentar obstruir as investigações da Polícia Civil sobre o suposto esquema de interceptações de telefones, desde 2014. Dos ex-membros do governo de Taques também foram presos o primeiro do ex-governador, Paulo Taques (Casa Civil) e Airton Siqueira (Justiça e Direitos Humanos).
Ainda relacionado à investigação sobre grampos telefônicos, o Rogers Jarbas foi indiciado por ameaças ao delegado Flávio Stringuetta, outro investigado ligado aos grampos.
Rogers Jarbas está aposentado, como servidor público, há 20 dias. O governador Mauro Mendes assinou o processo em 29 de outubro por 31 anos de serviços ao Estado.