Política

Ex-secretário da Sema depõe sobre compra de terreno de R$ 7 milhões

Por Valquíria Castil e Sandra Carvalho

A juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ouve apenas o ex-secretário adjunto de Meio Ambiente, Wilson Gamboji Pinheiro Taques, na tarde desta sexta-feira (30). Ele e mais nove são réus na Operação Seven, que investiga a compra de um terreno de 727 hectares no valor de R$7 milhões e que pertencia ao médico e ex-secretário de Estado de Saúde, Filinto Correa da Costa. 

A oitiva com o ex-governador Silval Barbosa foi cancelada porque o início da audiência provocado pela presença dos empresários Valdir Piran Júnior e Alan Maluf na 7ª Vara, ambos envolvidos na quarta fase da Operação Sodoma.

Confira os pontos principais da audiência:

16h12 – Ao contrário do que alega o Ministério Público, Wilson afirmou que a recategorização da área do entitulada "parque" para uma "estação ecológica", "em momento algum foi pensado com o intuito de burlar o estudo", confirmou. 

16h00 – Gamboji relatou em seu depoimento que o analista ambiental da Sema, Francisval Akerley é um perito sobre conservação de áreas de parque. Ao pedir esclarecimentos sobre a criação do Parque Estadual de Cuiabá, Wilson afirmou que Akerley lhe respondeu que a área já  possuía estudo e já tinha interesse público e orientou a Gamboji a solicitação de uma justificativa técnica para ampliação. "Ele possui um vasto conhecimento em parques, um analista com alto grau de conhecimento em conservação ambiental", afirmou Wilson. 

15h53 – No depoimento, Wilson alega que o processo de Filinto Corrêa transitava na Sema normalmente, como todos os procedimentos que passavam pela secretaria. Ele também afirmou que lia todos os processos que tinha que assinar, entre 100 e 200 ao dia, e que quando precisava de algum informação a mais sobre um estudo ele pedia esclarecimentos aos analistas técnicos. 

15h47 – Wilson afirma que compareceu ao Gaeco para prestar depoimento conforme a intimação. No entanto, foi pedido para que fizessem um interrogatório e como alegou que não tinha nada a esconder, garantindo que nunca cometeu nenhum ilícito, respondeu ao interrogatório.

14h52 – O ex-secretário começa audiência explicando detalhadamento como começa o procedimento de estudo da área, supostamente comprada em dublicidade, que resultou no processo da operação Seven. Ele adentra desde o  início quando a área se tornou utilidade pública para o Estado, em 1992. 

Redação

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