Cintia Borges/ Valquiria Castil
O ex-presidente da Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto, o ex-secretário do governo Silval Barbosa, Pedro Nadaf e ex-servidor da Secretaria de Meio Ambiente, Claudio Takayuki irão depor na audiência de instrução e julgamento da Operação Seven. A audiência é ministrada pela juíza Selma de Arruda, da 7ª Vara Criminal do Fórum da Cuiabá.
A Operação Seven apura esquema de desvio de R$ 7 milhões para compra de um terreno pelo Estado na região do Lago do Manso. De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que deflagrou a operação em 2015, o esquema teve o intuito de autorizar o Intermat a comprar uma área rural de 727 hectares, imóvel que integra o ‘Parque Estadual das Águas do Cuiabá’, que já pertenceria ao Estado e foi adquirida novamente de Filinto Corrêa, com preço superfaturado de R$ 4 milhões.
CONFIRA DEPOIMENTOS
O ex-presidente da Intermat, Afonso Dalberto, é o primeiro a prestar esclarecimento para a juiza Selma Arruda nesta tarde. Ele fez delação premiada e confessa a participação no esquema de compra do terreno de R$7 milhões.
Ele explica que o intermat "não tinha dinheiro nem pra café" à época da compra do terreno. E que ganhou cerca de R$500 mil de Pedro nadaf, que foram pagos em cheques, em duas parcelas em Novembro e Dezembro. Ele teria que fazer e dar o aval dos documentos.
“O processo é irregular do começo ao fim”, disse Afonso. O ex- presidente conta que desde do início sabia sobre a irregularidade do processo de compra do terreno.
O ex-presidente conta que não sabe sobre a participação do médico, e próprietario do terreno, Filinto Corrêa da Costa, no esquema.
O ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, começou os esclarecimentos por volta das 16h40. Nadaf assume que o esquema existiu, e que contou com sua participação. Contudo, não há conhecimento dos trâmites do esquema.
Nadaf ainda disse que soube que Chico Lima era cunhado de Filinto Correa tempos depois da operação deflagrada.
(Mais atualização em instantes)