Em comunicado divulgado na semana passada, um grupo de apoiadores de Mursi informou que ele não reconhece o julgamento ao qual será submetido e que não terá advogado de defesa. Mohamed Mursi foi deposto por um golpe militar em 2012, depois de pouco mais de um ano na Presidência. Devido a esse golpe, o ex-presidente não entende serem legítimas quaisquer decisões tomadas desde então – como é o caso do seu julgamento.
Nos últimos meses, houve forte repressão dos egípcios muçulmanos, a maioria apoiadores de Mursi. Cerca de 2 mil pessoas foram detidas – a maioria membros da Irmandade Muçulmana, grupo do qual o ex-presidente foi dirigente.
Mohamed Mursi foi o primeiro presidente do Egito eleito democraticamente. Ele foi destituído e detido pelo Exército em julho, depois de milhões de egípcios pedirem a sua saída. Os militares nomearam um governo interino encarregado de reelaborar a Constituição e organizar eleições legislativas e presidenciais para o início de 2014.
Agência Brasil com Lusa