Morreu nesta sexta-feira (3), aos 76 anos, a escritora Marília Beatriz de Figueiredo Leite. Ex-presidente e imortal da Academia Mato-grossense de Letras (AML), onde ocupava a cadeia nº 02, Marília tinha sido diagnosticada com Covid-19 e estava internada na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital particular de Cuiabá-MT, mas não resistiu às complicações causadas pela doença.
Nascida no Rio de Janeiro (RJ) e filha do desembargador Gervásio Leite, Marília seguiu os passos do pai e se tornou advogada após concluir a Faculdade de Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Anos depois, ela se mudou para Cuiabá e se especializou na área pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Marília também era Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC–SP).
Apaixonada por literatura, Marília escreveu diversos livros como O mágico e o olho que vê (Edufmt, 1982); De(Sign)Ação: arquigrafia do prazer (Annablume, 1993); e Viver de Véspera (Carlini e Caniato, 2018). Ela presidiu a Academia Mato-grossense de Letras entre os anos de 2015 e 2017.
Por muitos anos, Marília Beatriz foi articulista no Circuito Mato Grosso e também participou de várias ações da Casa do Parque.
A diretora executiva do Circuito Mato Grosso e idealizadora da Casa do Parque, Flávia Salem, lamenta profundamente a passagem de Marília Beatriz. "Ela deixa um legado imensurável. Seremos enternamente gratos à contribuição de Marília Beatriz à educação e à cultura. Sua sensibilidade, alegria, amor à vida e aos que a cercavam ficarão para sempre".