Política

Ex-governadores podem perder privilégio de segurança

 
A Procuradoria, que busca desde o ano passado a queda da lei em caráter de urgência, fortalece a tese da inconstitucionalidade afirmando que a regalia infringe o princípio de direitos iguais, impessoalidade e moralidade administrativa.
 
De acordo com a ação, imposta pelo procurador geral na época, Marcelo Ferra de Carvalho, os deputados desrespeitaram a Constituição ao tentar impor atribuições à Casa Militar de fazer a segurança de ex-governadores.
 
“A lei ordinária contém vício formal, pois os membros do Parlamento desrespeitaram a regra constitucional de instauração do processo legislativo ao modificar as atribuições da Casa Militar, já que a competência para elaboração de norma sobre o assunto é exclusiva do governador”, diz em documento o procurador.
 
A ação que se encontra no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) deve ser apreciada pelos membros na primeira quinzena de março. Para o TJ, não há motivos suficientes para que o caso seja encaixado como urgência de julgamento.
 
No acórdão, o TJ justifica que para a concessão de medida de urgência em sede de ação direta de inconstitucionalidade é necessário que a Procuradoria Geral do Estado demonstre os requisitos de danos graves ou de difícil reparação caso não seja realizado o julgamento com emergência.
 
Outra questão levantada pelo TJ também quanto ao pedido da PGE é pelo fato de a lei ter seguido as normas federais que autorizam segurança também para ex-presidentes, por isso para o tribunal não há ato infracional.
 
Ainda segundo o TJ a Procuradoria averbou que a norma atacada “segue exemplo da Lei Federal nº 6381/2008 que dispõe sobre medidas de segurança a ex-presidentes da República”, não havendo, na sua concepção, então, ofensa aos princípios de isonomia, impessoalidade e moralidade administrativa.
 
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões