Fotos Ahmad Jarrah
Em seu segundo depoimento para esclarecer o suposto desvio de R$ 9,6 milhões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, por meio de pagamento simulado ao banco HSBC, em função de dívida com o Seguro Saúde Bamerindus, o ex-deputado José Riva apresentou uma planilha de pagamentos, que segundo ele foram realizados a parlamentares por meio de assessores, além outros nomes, como o do advogado Júlio César Domingues Rodrigues, o ex-secretário geral da Assembleia, Luiz Márcio Bastos Pommot e o ex-procurador da Assembleia. Os pagamentos teriam sido realizados com destinos de interesse pessoal.
De acordo com esses novos apontamentos o ex-deputado teria apenas R$ 2,2 milhões sem um destinatário identificado, para explicar a justiça. Ele admitiu ainda ter recebido R$ 806 mil reais, aos quais atribuiu como valore para pagar dívidas deixadas por ele na Assembleia Legislativa.
Ao final de seu depoimento Riva concedeu “um minuto” do seu tempo para falar com a imprensa, após afirmar que não gosta de falar com a mídia e que seria breve. “Eu não estou fazendo delação, eu estou fazendo uma confissão. E quando eu faço uma confissão eu tenho o compromisso de falar a verdade. E a verdade é isso ai. Eu não podia omitir e não adianta eu vir aqui querendo colaborar pra dar informações e dar informação errada”, pontuou.
Questionado sobre as provas que apresentou, Riva disse que com os cheques entregues e a microfilmagem é possível esclarecer 100%. “Eu não posso ficar aqui dizendo: Olha, o deputado fulano pegou isso, o deputado fulano pegou aquilo. Eu fui muito claro. Eu soube identificar por quem [recebeu]. Pelas assessorias, pelas empresas, agora eles é que vão ter que se explicar se [o dinheiro] foi pra eles ou se foi para o assessor ou para alguém”, finalizou os esclarecimentos a imprensa.