Entre todos os jogadores do elenco da Chapecoense, oito não viajaram com a delegação para a Colômbia, local que receberia nesta quarta-feira a partida de ida da final da Copa Sul-Americana. Por variadas razões, os atletas ficaram de fora do voo que caiu em Cerro Gordo, nas cercanias da cidade de La Unión – cidade próxima à capital Medellín.
A aeronave, da companhia aérea Lamia, da Venezuela, de matrícula CP 2933, levava 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e nove tripulantes, de acordo com a Aeronáutica Civil colombiana. Autoridades locais confirmam a morte de 75 pessoas.
A lista dos que não viajaram inclui os goleiros Nivaldo e Marcelo Boeck, o lateral-direito Cláudio Winck, os zagueiros Rafael Lima e Demerson, os meio-campistas Hyoran e Neném e o atacante argentino Martinuccio.
Hyoran era titular da equipe catarinense e não viajou para o jogo decisivo contra o Atlético Nacional por estar suspenso. Com 23 anos, ele é um dos reforços do Palmeiras para a temporada 2017.
O goleiro Nivaldo era um dos nomes mais importantes da Chapecoense. Ele é parte do elenco desde que a equipe estava na Série D do Campeonato Brasileiro e participou diretamente da ascensão meteórica do clube nos últimos anos.
Marcelo Boeck, segundo o site português TSF, pediu dispensa para celebrar o aniversário. Ele já não era utilizado pelo técnico Caio Júnior, um dos mortos na tragédia.
Contundido, o atacante Martinuccio, ex-Fluminense, Cruzeiro e Coritiba, também não viajou. No Twitter, ele se pronunciou: “Rezem por meus companheiros, por favor".
Os outros atletas da lista dos que não viajaram era pouco aproveitados pelo treinador.
TRAGÉDIA
O avião que transportava a delegação da Chapecoense contava com um total de 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e nove tripulantes. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, além de 21 jornalistas.
Incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.
O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um voo comercial rumo a Medellín. Buligon também embarcaria neste mesmo voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Como o avião, da companhia aérea Lamia, da Bolívia, não tinha autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de pegar o avião que caiu quando já chegava ao aeroporto de Medellín. A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.
Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque com o solo. Também está sendo investigada a hipótese de que o combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a fazer o pouso forçado.
Fonte: Super Esportes