O caso, segundo o jornal "New York Times", aconteceu no dia em que seria homenageado como um dos 50 maiores em San Diego, na Califórnia, em 2011. A festa estava pronta e ele não apareceu.
Policiais arrombaram sua casa e encontraram a chinesa Ming Qi, então com 48 e seu terceiro casamento, morta com quatro tiros. Danielson estava inconsciente no banheiro, ao tentar se asfixiar com a fumaça de monóxido de carbono de um gerador. Eles tinham se separado quase dois anos antes.
A acusação aponta que Danielson cometeu crime por ciúmes, pois a ex-mulher tinha um novo relacionamento. Ele disse que "se sente no limbo e que certamente tem sérios problemas mentais". Não se declarou culpado no tribunal, embora tenha avisado por e-mail sua irmã de que iria matar a ex-mulher.
Familiares e amigos lembram que ele teve períodos ruins por causa de lesões, e teve problemas por causa do alcoolismo. Nunca parou de treinar, mas tinha uma lesão de ligamento que o atrapalhava. Na prisão, dentro do possível, segue fazendo exercícios.
Seu irmão, Mike, aponta que ele em depressão pela lesão e pelo fim do casamento, mas culpa um remédio antifumo chamado Chantix por influenciar suas atitudes. A droga é apontada como responsável por motivar suicídios, agressões e comportamento errático. Existem mais de 2.700 processos na Justiça americana contra o fabricante, a Pfizer.
Se a droga for considerada influente, a pena para Danielson pode diminuir para de seis a 20 anos, sendo que ele pode até sair em liberdade antes.
O ex-corredor fez a milha em 3min59s4, em 1966, quando estava na Chula Vista High School. Ganhou corridas, mas não foi à Olimpíada e não se tornou profissional. Se tornou engenheiro aeroespacial, onde fez carreira. Teve dois filhos. O julgamento deve acontecer em julho e o ex-corredor aguarda na prisão.
Fonte: FOLHA.COM