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Ex aciona botão do pânico e suspeito é preso em 7 minutos

A ex-namorada acionou o botão do   pânico  e a Guarda Comunitária chegou em sete minutos

Um jovem foi preso pela terceira vez por descumprir a Lei Maria da Penha, na manhã desta terça-feira (3), em Vitória. A ex-namorada, uma agente de pesquisa de 24 anos, acionou o botão do pânico após sofrer agressões verbais, às 8h. Ele também agrediu verbalmente a avó dela, que tem 56 anos. O atendimento da Patrulha Maria da Penha foi realizado em sete minutos após o acionamento do botão. Ele foi autuado em flagrante por injúria, devido aos xingamentos, ameaça e quebra da Lei Maria da Penha.

A vítima tem o botão do pânico desde 2013. A agente namorou com o suspeito por três anos e tem um filho de 4 anos com ele. O jovem preso já teve outras passagens por descumprir a Lei Maria da Penha, em julho de 2013 e abril de 2014, as duas por agredir a agente de pesquisa.

As primeiras agressões foram feitas à idosa, quando ela saía da residência. De acordo com a vítima, o suspeito estava parado em uma esquina, próximo a residência em que elas moram. A  mulher relatou que o ex xingou a avó e fez ameaças contra ela. A avó voltou para casa e contou sobre o ocorrido à neta. A vítima então foi até a rua e passou a ser xingada e ameaçada pelo suspeito. A vítima, então, acionou o botão do pânico.

As duas esperaram a chegada da Guarda Comunitária Municipal, responsável pela Patrulha da Lei Maria da Penha. Após as agressões verbais, o agressor tentou fugir em um ônibus municipal, da linha 182 , que faz a rota Mario Cypreste para o Bairro da Penha, via Morro dos Alagoanos.

Segundo o agente comunitário Pedro Paulo Picoli Gagno, quando a Guarda Comunitária chegou ao local das ameaças, o agressor já estava dentro do ônibus e ignorou a voz de prisão. “Ele resistiu à voz de prisão, ignorando o comando de voz da Guarda Municipal”, relatou.

Linchamento
Devido à forma agressiva como o homem reagiu a abordagem da patrulha, os agentes da Guarda Municipal precisaram utilizar o dispositivo de choque elétrico e algemas, para contê-lo, informou Picoli. Passageiros do coletivo onde ele estava queriam linchar o agressor, mas foram impedidos pelos guardas.

Mais acusações
O jovem preso já teve outras passagens por descumprir a Lei Maria da Penha, em julho de 2013 e abril de 2014, as duas por agredir a agente de pesquisa. Já em abril de 2006, ele foi preso por tráfico e uso de drogas, segundo a titular da Delegacia da Mulher, Arminda Rodrigues. “Esse comportamento dele está muito ligado ao uso da droga, de forma que faz com que ele fique violento. As passagens dele são de agressão física, ameaça, arrombamento e invasão do domicílio das ex-mulheres. É uma total falta de respeito com as vítimas”, disse a delegada.

Ele foi autuado em flagrante por injúria, devido aos xingamentos, ameaça e quebra da Lei Maria da Penha. Em seguida, foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana. A pena é de um a três anos de prisão. Como ele foi preso outras vezes, não foi arbitrada fiança por parte da delegada, que acredita que o suspeito precisa de um tratamento psicossocial para mudar o comportamento.

Dispositivo
O botão do   pânico  é um Dispositivo de Segurança Preventivo (DSP). É um microtransmissor com GPS que possui recursos para realizar o monitoramento de áudio e SOS, que estão interligados à Central de Monitoramento. Existem 100 dispositivos disponíveis no Espírito Santo para mulheres que estão sob medida protetiva de urgência. O dispositivo é concedido por meio de uma ordem judicial.

Ocorrências
Dezoito acionamentos foram feitos por mulheres que apertaram o botão e 12 prisões realizadas, contando com a ocorrência desta terça-feira (3), em Vitória, segundo a Guarda Comunitária Municipal. Isso desde o lançamento do botão, em abril de 2013.

Monitoramento
Quando a vítima aperta o botão do   pânico, pressionando por três segundos, a Central de Monitoramento recebe a identificação do local onde está a vítima e começa a gravação do som ambiente que ficará no banco de dados. Essa gravação pode servir como prova criminal. A Central envia as informações para a Patrulha, que se dirige ao local.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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