Política

‘Evita crise’, diz Alckmin sobre afastamento de parlamentares

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), concorda com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de dar a palavra final ao Legislativo em casos de suspensão de parlamentares pelo Judiciário. "A decisão foi correta no sentido de evitar uma crise institucional", disse.

Ele manifestou a posição ao ser questionado durante uma entrevista coletiva no Santuário Nacional em Aparecida (SP). Ele e a primeira-dama, Lu Alckmin, estiveram na basílica nesta quinta-feira (12) para as celebrações dos 300 anos do encontro da imagem da santa.

Com a decisão da corte, na noite desta quarta-feira (11), o afastamento de deputados e senadores de suas funções só podem se efetivar com aval da Câmara ou do Senado.

Ele defendeu a independência dos poderes, mas disse que eles precisam ser 'harmônicos'. "A decisão do STF foi correta no sentido de evitar uma crise institucional. É preciso ter cautela, interpretar a constituição. No caso de parlamentar, tem que se ouvir, aí se cumpre", disse.

Julgamento

Na sessão desta quarta-feira, o STF examinou ação apresentada em maio do ano passado, quando o tribunal afastou do mandato o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Na ação, os partidos PP, PSC e SD propuseram que medidas do tipo sejam submetidas em até 24 horas ao Congresso para decisão final. Trata-se do mesmo procedimento adotado na prisão de parlamentares, só possível em caso de flagrante em crime inafiançável.

O julgamento durou todo o dia, e à noite chegou a um empate, com 5 ministros defendendo a impossibilidade de aplicação de medidas cautelares ou sua submissão ao Congresso e 5 se posicionando a favor da aplicação das medidas sem necessidade de aval do Legislativo.

A decisão tomada pelo plenário do Supremo poderá influenciar o caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Eleição

Questionado sobre possivel candidatura ao planalto, o governador disse que sempre defendeu as prévias, quando há mais de um possível candidato.

O prefeito de São Paulo, o tucano João Doria vem articulando uma possível candidatura. "Tenho bom relacionamento com Doria, como tenho com outros, independente de sigla", afirmou Alckmin.
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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