José Manuel Durão Barroso, Herman Van Rompuy e Martin Schulz, presidentes da Comissão, do Conselho e do Parlamento Europeu, respectivamente, expressaram a "profunda consternação e inquietação" com a situação de Meriam Yahia Ishag, condenada a 100 chicotadas por adultério e à morte por enforcamento por apostasia.
Ela estava grávida quando foi presa e deu à luz na prisão.Os três dirigentes europeus apelaram às autoridades sudanesas para que respeitem a liberdade de religião e revoguem o "veredicto desumano" pronunciado contra Ishag.Também pediram por sua libertação.O texto foi aprovado pelos líderes religiosos reunidos em Bruxelas para um diálogo inter-religioso entre as comunidades cristã, judaica, muçulmana, hindu, budista e sikh e as instituições europeias.
Meriam Yahia Ibrahim Ishag, que tem pai muçulmano, foi condenada em 15 de maio por um tribunal criminal em consequência da lei islâmica em vigor que proíbe as conversões. A sudanesa de 27 anos teve um bebê na prisão.Casada com um cristão, ela foi condenada a 100 chicotadas por "adultério", pois segundo a interpretação sudanesa da sharia (lei islâmica) qualquer união entre uma muçulmana e um não muçulmano é considerada um "adultério".
Seu marido, Daniel Wani, é cidadão americano natural do Sudão do Sul.De acordo com a Anistia Internacional, Ishag foi criada no cristianismo ortodoxo, a religião de sua mãe, pois seu pai, muçulmano, esteve ausente durante a infância.
G1