Após a divulgação de um segundo caso autóctone de ebola nos EUA, autoridades de Dallas informaram que se preparam para possíveis novas contaminações em solo americano."Estamos preparando contingências para mais, e essa é uma possibilidade muito real, explicou Clay Jenkins, juiz do Condado de Dallas, durante entrevista concedida nesta manhã.Um segundo funcionário do sistema de saúde do Texas foi contaminado após tratar do liberiano Thomas Eric Duncan, primeiro paciente com a doença no país, morto há uma semana. O funcionário do Hospital Presbiteriano do Texas foi imediatamente isolado após apresentar febre nesta terça-feira (14).O primeiro caso de transmissão da doença dentro dos EUA foi o da enfermeira Nina Pham, que também integrava a equipe que tratou do liberiano Duncan.
Nina recebeu plasma retirado do sangue de um médico que se curou do vírus. A transfusão de plasma, contendo anticorpos contra o ebola, ocorreu na segunda (13). O material veio de Kent Brantly, médico do Texas que sobreviveu ao ebola. Ele contraiu a doença quando trabalhava como voluntário em um grupo missionário na Libéria.O diretor dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC), Thomas Frieden, disse que a agência vai ampliar o treinamento dos profissionais do sistema de saúde dos EUA.Segundo ele, 76 pessoas que podem ter tido contato com Duncan após sua internação são monitoradas.
Ebola: epidemia ainda sem cura
A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu nesta semana que em dezembro podem ser registrados entre 5 mil e 10 mil novos casos de ebola por semana – atualmente a incidência é de mil por semana.Segundo o último balanço da epidemia, 8.914 pessoas contraíram a doença, das quais 4.447 morreram. Para a OMS, o número de casos reais seria 1,5 vez superior ao registrado na Guiné, duas vezes mais elevado em Serra Leoa e 2,5 vezes maior na Libéria. A mortalidade da epidemia da doença que assola a África Ocidental chega a 70% nesses três países, os mais afetados.
Colômbia nega visto a viajantes
O país latino-americano começou a negar a entrada de pessoas que visitaram recentemente os países da África Ocidental afetados pelo vírus do ebola, de acordo com a agência Reuters, que ouviu fontes do Ministério das Relações Exteriores.A medida entrou em vigor na terça-feira (14), se aplica a pessoas que estiveram em Serra Leoa, Libéria, Guiné e Nigéria, e foi adotada em resposta a uma recomendação do Instituto Nacional de Saúde para evitar a propagação do vírus, segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores que não foram autorizadas a falar sobre o assunto.
Guardas de fronteira da Colômbia vão negar entrada a qualquer pessoa com passaporte qie mostre uma recente viagem aos países com surto, e os consulados vão vetar os pedidos de visto para qualquer pessoa que tenha visitado essas nações nas quatro semanas anteriores.Outros países, como o Qatar, Cabo Verde e a África do Sul determinaram medidas restritivas a passageiros vindo de regiões afetadas pela epidemia. Os Estados Unidos adotaram procedimentos em aeroportos para checar a temperatura de passageiros.
G1