Presidente da Venezuela Nicolás Maduro e sua mulher Cilia Flores nesta quarta-feira (11) em Riad (Foto: REUTERS/Divulgação)
Dois sobrinhos da primeira-dama da Venezuela foram presos e levados para os Estados Unidos para enfrentar acusações de tráfico de drogas, segundo informam nesta quarta-feira (11) a agência de notícias Reuters e o jornal "The Wall Street Journal", segundo fontes não identificadas familiarizadas com o assunto.
Franqui Francisco Flores de Freitas e Efrain Antonio Campo Flores foram levados a Nova York na terça-feira, disse uma fonte. Ambos são sobrinhos de Cilia Flores, esposa do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de acordo com duas fontes ligadas à família Flores.
Segundo a agência Reuters, nenhum documento judicial estava imediatamente disponível nesta quarta-feira. Uma porta-voz do procurador do distrito de Manhattan, Preet Bharara, não quis comentar. O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu imediatamente às ligações para falar sobre o assunto.
De acordo com o "Wall Street", a prisão dos familiares da primeira-dama da Venezuela foi feita no Haiti – a polícia local os entregou a agentes americanos, que os levaram no mesmo dia de avião para Nova York – por supostamente conspirar para contrabandear 800 quilos de cocaína aos Estados Unidos.
O jornal também reporta que os dois homens devem se apresentar nesta quinta-feira ante um juiz federal em Nova York.
Campo Flores, de 29 anos, identificou-se no avião como filho adotivo do presidente Nicolás Maduro, e que tinha sido criado pela tia, a primeira-dama Cilia Flores, continuou o jornal. Ainda segundo o WSJ, o outro homem se identificou como sobrinho de Cilia Flores.
Imagem de Maduro
A notícia pode manchar a imagem de Maduro antes da eleição legislativa, que deve ser uma das mais difíceis para o Partido Socialista devido à crise econômica que atinge o país sul-americano.
O Departamento de Estado norte-americano diz que mais da metade da cocaína produzida na vizinha Colômbia é traficada através da Venezuela para os mercados da Europa e dos Estados Unidos.
Maduro nega essas acusações e considera que há uma campanha de difamação contra o Partido Socialista.
Flores, de 62 anos, a quem o presidente se refere como "Primeira Combatente", é muito influente no governo do seu marido. Ela integrou a equipe jurídica do falecido líder socialista Hugo Chávez e trabalhou para obter sua libertação da prisão em 1994, após uma fracassada tentativa de golpe.
Em 2006, ela se tornou a primeira mulher eleita para liderar a legislatura, assumindo esse papel que antes era feito por Maduro.
Fonte: G1