Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (5) que vão pagar US$ 20 milhões por informações confiáveis sobre quatro líderes da organização radical Estado Islâmico (EI).
A medida se insere no programa "Recompensas por Justiça" ("Rewards for Justice"), autorizado pelo secretário de Estado, John Kerry, que busca obter dados que levem à captura de pessoas procuradas pelos Estados Unidos, indicou o Departamento de Estado em um comunicado.
Foi autorizado, assim, o pagamento de US$ 7 milhões por informações sobre o líder do EI, Abd al-Rahman al-Mustafá Qaduli, o montante mais alto da lista. Em maio passado, ele já tinha sido considerado um terrorista internacional, alvo de sanções do Departamento do Tesouro.
Segundo Washington, Qaduli – que teria nascido em Mossul (Iraque) por volta de 1957 ou 1959 – seria o braço direito do falecido líder da facção iraquiana da Al-Qaeda, Abu Musab al-Zarqawi, e teria viajado para a Síria para se unir ao grupo em 2012, após ser libertado anos depois de dar entrada em uma prisão iraquiana.
O sírio Abu Mohammed al-Adnani, de 38 anos, e cujo nome de nascimento é Taha Sobhi Falaha, seria um porta-voz do grupo e é objeto de US$ 5 milhões de recompensa por informação que leve ou à sua morte ou à sua captura.
São oferecidos US$ 5 milhões também por Tarkhan Batirashvili, um georgiano de 29 anos, mais conhecido pelo nome de guerra, Omar al-Shishani, acusado de controlar uma prisão do EI no reduto de Raga, onde havia muitos reféns estrangeiros.
Outro procurado, em troca de uma recompensa de US$ 3 milhões, é Bin Tariq al-Tahar bin al-Falih al-Awni al-Harzi, de 33 anos, originário da Tunísia. Ele é acusado de ser o encarregado de arrecadar fundos em países do Golfo Pérsico, também de comandar um campo na Síria e chefiar uma unidade de terroristas suicidas.
A cabeça do líder iraquiano do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, já tinha preço fixado de U$ 10 milhões.
As forças do EI conquistaram uma ampla faixa do leste da Síria e o norte do Iraque e declararam um "califado", em um avanço que inclui massacres sectários, assassinatos de reféns e escravização de mulheres. Os Estados Unidos comandam uma coalizão que combate o grupo ao lado do Iraque e de forças curdas.
Fonte: G1