A vigilância ocorreu entre 10 de dezembro e 8 de janeiro, uma média de três milhões de interceptações por dia, com pico de quase sete milhões em 24 de dezembro e 07 de janeiro, segundo o jornal, que destacou a natureza "maciça" da espionagem.
O foco da NSA na França era vigiar suspeitos de ter ligações com atividades terroristas, mas também houve escutas de pessoas ligadas ao mundo empresarial e à economia, como políticos e funcionários.
A espionagem consistia em uma gravação automática de conversas ou de troca de mensagens quando ativado um determinado número de telefone pré-determinado.
As mensagens de texto (SMS) foram capturadas quando incluíam determinadas palavras-chave. O sistema de espionagem também mantinha um registro para quais números eram feitas as comunicações.
As técnicas utilizadas para essas interceptações aparecem em documentos da NSA com dois códigos diferentes, "DRTBOX", com 62,5 milhões de interceptações, e "whitebox", 7,8 milhões.
O "Le Monde", que obteve as informações a partir de documentos divulgados pelo ex-agente da NSA Edward Snowden, transmitida pelo jornalista Glenn Greenwald, lembrou que a França não é o país mais espionado pelos Estados Unidos. Segundo o jornal, Alemanha e o Reino Unido superam em comunicações interceptadas, embora os britânicos permitissem essa vigilância.
G1 Mundo