Internacional

EUA começam a se recuperar de nevasca que deixou 28 mortos

Moradores retiram neve da rua em Union City, no estado de Nova Jersey, neste domingo (24); prédios de Manhattan podem ser vistos ao fundo (Foto: Reuters/Ricky Rogers)

A forte nevasca provocada pela tempestade Jonas, que deixou pelo menos 28 mortos, parece ter começado finalmente a perder força neste domingo (24) na costa leste dos Estados Unidos, oferendo uma oportunidade aos moradores para limpar as ruas e avenidas.

A histórica tempestade cobriu de neve o leste do país na sexta-feira e sábado, paralisando cidades como Nova York e Washington D.C. e afetando 85 milhões de pessoas, o que equivale a 25% da população do país.

Mais de 7.500 voos foram cancelados entre sexta e sábado. Neste domingo, 3.750 voos estavam cancelados e outros 700 estavam cancelados para segunda-feira, segundo o site de monitoramento aéreo FlightAware.com.

A meteorologia informou que a tempestade – que recebeu o apelido de "Snowzilla", mistura de "snow", neve em inglês, e o nome do monstro do cinema "Godzilla" – deixou 56 centímetros de neve acumulada em Washington.

Os quase 68 centímetros de neve acumuladas no Central Park de Nova York representam a segunda maior marca desde o início dos registros em 1869.

Mortos
Em Delaware, um policial morreu de infarto depois de trabalhar retirando neve da frente de sua casa durante uma hora.

No Kentucky, um funcionário de uma empresa de transporte morreu enquanto retirava neve das ruas. Ele foi encontrado caído, depois de sua pá aparentemente ter escorregado para uma vala. No mesmo estado, um homem morreu de acidente de carro.

Em Maryland, duas pessoas morreram de infarto enquanto retiravam neve da frente de suas casas.

Em Nova Jersey, uma mulher e seu filho morreram de intoxicação por monóxido de carbono enquanto andavam em um carro que teve seu escapamento entupido por neve.

Em Nova York, três pessoas morreram enquanto trabalhavam retirando neve.

Na Carolina do Norte, seis pessoas morreram em acidentes de carro durante a tempestade de neve.

Em Ohio, um adolescente morreu em um trenó puxado por um veículo, atropelado por um caminhão.

Na Pensilvânia, um homem morreu de intoxicação por monóxido de carbono quando seu carro foi enterrado por neve.

Na Carolina do Sul, três pessoas morreram: um casal de idosos provavelmente de intoxicação por monóxido de carbono e um homem atropelado.
No Tennessee, duas pessoas morreram em acidentes de carro.

Na Virginia, foram cinco mortes: duas em acidentes de carro, duas de hipotermia e uma enquanto trabalhava retirando neve.

Transporte em Nova York
Com a tempestade perdendo força durante a madrugada, as autoridades de Nova York retiraram neste domingo a proibição de viagens e reabriram as ruas da cidade, assim com as estradas até Long Island, a leste da cidade, e Nova Jersey, a oeste.

"Ninguém gosta de interromper o transporte e o comércio. No entanto, a tempestade foi rápida e furiosa", disse o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo. O estado de emergência imposto pelo governador continua valendo.

Os fortes ventos provocaram o temor de inundações em diversos pontos da costa do Atlântico, segundo o Serviço Meteorológico Nacional, enquanto as ruas em algumas localidades costeiras de Nova Jersey ficaram cobertas de água e gelo.

Mas, depois de uma das mais intensas tempestades na região em décadas, o tempo parece melhorar neste domingo, com a previsão de sol e céu azul, o que deve elevar a temperatura e facilitar a remoção da neve.

Carros cobertos de neve
Em Nova York, o serviço de ônibus foi suspenso ao meio-dia de sábado e o serviço de metrô que transita ao ar livre permaneceu fechado durante a tarde. Os teatros da Broadway suspenderam as apresentações, os museus permaneceram fechados, assim como grande parte do comércio.

Os três aeroportos da região (John F. Kennedy, LaGuardia e Newark, em Nova Jersey) não registraram pousos ou decolagens desde as primeiras horas de sábado. Muitos caminhões adaptados limpavam as ruas da cidade. A tempestade Jonas foi acompanhada por rajadas de vento superiores a 80 km/h.

Avenidas populares como a Quinta ou a Sexta ficaram praticamente vazias, mesmo antes da proibição ao tráfego, e muitos carros estacionados ficaram cobertos pela neve. Durante a noite, o cenário era quase surreal, com algumas pessoas caminhando pelas famosas ruas da cidade.

Em Nova Jersey, 90 mil casas ficaram sem energia elétrica. "As pessoas que ficaram sem energia elétrica, por favor, como está frio, tente encontrar abrigo na casa de um amigo ou membro da família, se possível. Não fiquem no frio", disse o governador do estado Chris Christie, pré-candidato republicano à presidência em uma entrevista coletiva.

Em Washington, os monumentos nacionais, o Capitólio e os museus do Instituto Smithsonian não abriram as portas.
A nevasca também afetou estados mais ao sul, como Arkansas, Tennessee, Kentucky, Carolina do Norte, Virginia Ocidental e Virginia.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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